O propósito deste estudo foi analisar o comportamento da flexibilidade de diferentes articulações após 10 semanas de treinamento com pesos (TP). Para tanto, 16 homens (23,0 ± 2,1 anos; 68,0 ± 7,0kg; 178,8 ± 8,7cm) sedentários, mas aparentemente saudáveis, foram aleatoriamente divididos em grupo treinamento (GT, n = 8) e grupo controle (GC, n = 8). O GT foi submetido a 10 semanas consecutivas de TP (três sessões semanais, em dias alternados), ao passo que o GC não se envolveu com a prática de nenhum programa sistematizado de atividades físicas nesse período. Os 11 exercícios que compuseram o programa de TP foram executados em três séries de 8-12 RM. Os movimentos de flexão e extensão do ombro; flexão, extensão e flexão lateral do tronco; flexão e extensão do quadril; flexão e extensão do cotovelo; e flexão do joelho foram utilizados para a análise do comportamento da flexibilidade. ANOVA e ANCOVA para medidas repetidas, seguidas pelo teste post hoc de Tukey, quando P < 0,05, foram utilizadas para o tratamento dos dados. Aumentos significantes na flexibilidade entre os momentos pré e pós-experimento foram encontrados no GT nos movimentos de flexão do ombro (hemicorpo direito, P < 0,05), extensão do quadril (hemicorpo esquerdo, P < 0,05), extensão do tronco (P < 0,05), flexão do tronco (P < 0,05) e flexão lateral do tronco (hemicorpo direito, P < 0,05; hemicorpo esquerdo, P < 0,01). Apesar disso, o efeito da interação grupo vs. tempo foi identificado somente nos movimentos de flexão do cotovelo (hemicorpos direito e esquerdo, P < 0,05), extensão do quadril (hemicorpo esquerdo, P < 0,05) e flexão lateral do tronco (hemicorpo esquerdo, P < 0,01). Assim, os resultados do presente estudo sugerem que as 10 primeiras semanas de prática de TP podem contribuir efetivamente para a preservação ou melhoria dos níveis de flexibilidade observados no período pré-treinamento, em diferentes articulações.
The objective of this study was to analyze the flexibility behavior of different articulations after 10 weeks of resistance training (RT). That is why, 16 inactive men (23.0 ± 2.1 years; 68.0 ± 7.0 kg; 178.8 ± 8.7 cm) apparently healthy were randomly divided into training group (TG, n = 8) and control group (CG, n = 8). The group TG was submitted to 10 consecutive weeks of RT (three weekly sessions in alternated days), whereas for group CG, no systematized program of physical activities was developed in this period. The 11 exercised that composed the RT program were performed in three series of 8-12 RM. The shoulder flexion and extension, trunk flexion, lateral flexion and extension, hip extension and flexion, elbow extension and flexion and knee flexion were used for the analysis of the flexibility behavior. The ANOVA and ANCOVA for repeated measures, followed by the Tukey post hoc test for P < 0.05 were used for data treatment. Significant increase on flexibility between pre and post experiment were found in TG in shoulder flexion movements (right hemisphere, P < 0.05), hip extension (left hemisphere, P < 0.05), trunk extension (P < 0.05), trunk flexion (P < 0.05) and trunk lateral flexion (right hemisphere, P < 0.05; left hemisphere, P < 0.01). Although, the effect of the interaction group vs time was only identified in elbow flexion movements (right and left hemisphere, P < 0.05), hip extension (left hemisphere, P < 0.05) and trunk lateral flexion (left hemisphere, P < 0.01). Thus, the results of the present study suggest that the 10 first weeks of RT practice may contribute effectively for the maintenance or improvement of the flexibility levels observed in the pre-training period, in different articulations.
El propósito de este estudio fué analizar el comportamiento de la flexibilidad de diferentes articulaciones después de 10 semanas de entrenamiento con pesos (TP). Para ello, 16 hombres (23,0 ± 2,1 años; 68,0 ± 7,0 Kg.; 178,8 ± 8,7 cm) sedentarios, aparentemente saludables, fueron aleatoriamente divididos en grupos de entrenamiento (GT, n = 8) y en grupo control (GC, n = 8). El GT fué sometido a 10 semanas consecutivas de TP (tres sesiones semanales, en días alternados), al tiempo que el GC no se incluyó en la práctica de ningún programa sistematizado de actividades físicas en ese período. Los 11 ejercicios que compusieron el programa de TP fueron ejecutados en tres series de 8-12 RM. Los movimientos de flexión y extensión del hombro; flexión, extensión y flexión lateral del tronco; flexión y extensión de los glúteos; flexión e extensión del codo; y flexión de la rodilla fueron utilizados para el análisis del comportamiento de la flexibilidad. ANOVA y ANCOVA para medidas repetidas, seguidas por el test post hoc de Tukey, cuando P < 0,05, fueron utilizadas para el tratamiento de los datos. Aumentos significantes en la flexibilidad entre los momientos pre y el post experimento fueron encontradas en el GT en los movimientos de flexión del hombro (hemicuerpo derecho, P < 0,05), extensión de los glúteos (hemicuerpo izquierdo, P < 0,05), extensión del tronco (P < 0,05), flexion del tronco (P < 0,05) y flexion lateral del tronco (hemicuerpo derecho, P < 0,05; hemicuerpo izquierdo, P < 0,01). A pesar de eso, el efecto de la interacción grupo vs. tiempo fué identificado solamente en los movimientos de flexión del codo (hemicuerpos derecho e izquierdo, P < 0,05), extensión del glúteo (hemicuerpo izquierdo, P < 0,05) y flexión lateral del tronco (hemicuerpo izquierdo, P < 0,01). Así, los resultados del presente estudio sugieren que las 10 primeras semanas de práctica de TP pueden contribuir efectivamente para la preservación o mejoría de los níveles de flexibilidad observados en el período pre-entrenamiento, en diferentes articulaciones.