RESUMO A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a presença de um acompanhante durante o trabalho de parto e parto, já que essa medida melhora os resultados maternos e perinatais e a satisfação da mulher com os serviços de saúde. Para caracterizar a situação dos acompanhantes na América Latina e Caribe (ALC), realizou-se uma pesquisa on-line com membros de uma comunidade de prática de profissionais de obstetrícia e com informantes chaves para identificar: 1) a existência de instrumentos regulatórios relacionados com a presença de acompanhante nos países onde os respondentes atuam e 2) características chaves relacionadas com a implementação das políticas de acompanhantes nos locais onde existe regulamentação. Foram recebidas 112 respostas de 20 dos 43 países da ALC. Os respondentes relataram a existência de uma política ou legislação nacional em sete países, normas ministeriais ou protocolos institucionais em cinco países e nenhuma política ou protocolo em oito países. Respondentes de um mesmo país deram muitas vezes respostas contraditórias. Em 11 casos, as respostas diferiram das informações fornecidas pelos ministérios da saúde em uma pesquisa de políticas globais realizada pela OMS. Essas variações podem indicar que os profissionais nem sempre conheciam a política ou protocolo em vigor no seu país. Propõe-se a necessidade de iniciativas mais robustas para compreender a situação do acompanhante no trabalho de parto em países da ALC, em nível nacional, regional e local, tanto em instituições públicas como privadas. É importante saber se as políticas existem, em que nível do sistema existem e se as principais partes interessadas, os provedores de cuidados de saúde materna e as mulheres estão cientes de sua existência. São necessários esforços para compreender os obstáculos à implementação do sistema de acompanhante de parto.
ABSTRACT The World Health Organization (WHO) recommends a companion of choice during labor and birth, to improve maternal and perinatal outcomes and women’s satisfaction with health services. To better understand the status of companion of choice in Latin America and the Caribbean (LAC), an online survey was conducted with members of a midwifery virtual community of practice and with key informants, aiming to identify: 1) existing regulatory instruments related to companion of choice in the countries where the members are practicing; and, 2) key characteristics of implementation of companion of choice, where regulation exists. Responses (n = 112) were received from representatives of 20 of the 43 countries of LAC. Respondents reported existence of a national policy or legislation in seven countries, ministerial norms or institutional protocols in five countries, and no existing policy/protocol in eight countries. Respondents from the same country often provided contradictory responses. Responses differed from information provided by ministries of health in a WHO-led global policy survey in 11 instances. These variations may reflect that midwives were not always aware of the national policy/guideline in their country. We propose that a more robust effort should be undertaken to understand the status of companion of choice for labor and birth in LAC countries, at national, regional, and local level, in public and private facilities. It is important to know if policies exist, at what level of the system, and if key stakeholders, maternity-care health providers, and women are aware of their existence. Efforts should also be made to understand barriers to implementing companion of choice.
RESUMEN La Organización Mundial de la Salud (OMS) recomienda la presencia de un acompañante durante el trabajo de parto y el parto debido a que mejora los resultados maternos y perinatales y la satisfacción de las mujeres con los servicios de salud. Para comprender mejor la situación acerca de los acompañantes en América Latina y el Caribe (ALC) se llevó a cabo una encuesta en línea dirigida a miembros de una comunidad de práctica de partería e informantes clave con el objetivo de identificar: 1) los instrumentos regulatorios existentes relacionados con la presencia de acompañante en los países en los que ejercen las personas encuestadas y 2) las características clave relacionadas con la implementación del acompañante, en los lugares donde existe un marco regulatorio. Se recibieron 112 respuestas de 20 de los 43 países de ALC. Las personas encuestadas informaron la existencia de una política o legislación nacional en siete países, de normas ministeriales o protocolos institucionales en cinco países, y de la inexistencia de una política o un protocolo en ocho países. Las respuestas provenientes del mismo país a menudo fueron contradictorias, y en 11 casos estas difirieron de la información proporcionada por los ministerios de salud en una encuesta mundial sobre políticas dirigida por la OMS. Estas variaciones pueden reflejar que los profesionales de la partería no siempre conocían la política o el protocolo de su país. Debe emprenderse un esfuerzo más firme para comprender la situación relacionada con el acompañante durante el trabajo de parto y el parto en los países de ALC a nivel nacional, regional y local, tanto en instituciones públicas como privadas. Es importante conocer si existen políticas y en qué nivel del sistema y si los principales interesados, los prestadores de servicios de salud materna y las mujeres conocen su existencia. Se deben realizar esfuerzos para comprender los obstáculos que impiden la implementación de la presencia de un acompañante durante el parto.