Introduction: What is a political outsider and what is the relevance of this phenomenon in the contemporary political scenario? While the political success of individuals who build their careers outside established parties is not a novel phenomenon, it has become increasingly widespread since the 2010s, both in Brazil and in Europe. Materials and methods: Through a review of the specialized Political Science literature on the subject, we sought to establish the baselines for a conceptual definition of the political outsider and address how the phenomenon has been empirically analyzed. Results: Conceptually speaking, two dimensions proved to be essential for identifying outsiders: party affiliation and professional occupation. The first verifies the individual’s position in relation to the party system, whether they gained political prominence within or outside established parties, while the second identifies whether the individual had an occupation within the arena of institutional politics prior to running in an election. As for the empirical analyses of outsiders in politics, we found a lack of conceptual rigor in most of the reviewed studies when classifying certain political actors as outsiders. Discussion: Some conceptual and methodological challenges remain when striving to study the phenomenon, such as how to extend the concept to presidential candidates or to studies about outsiders in parliaments. Another issue is how to circumscribe the phenomenon among other correlated phenomena, such as the rise of populist leaders and/or parties and, above all, the electoral discourse of outsiders: while this is not an essential trait of the outsider, the anti-establishment rhetoric is almost invariably present through a denial of both traditional politics as well as career politicians.
Introducción: ¿Qué es un outsider político y cuál es la relevancia de este fenómeno en el escenario político contemporáneo? Si bien el éxito político de las personas que construyen sus carreras fuera de los partidos establecidos no es un fenómeno nuevo, se ha generalizado cada vez más desde la década de 2010, tanto en Brasil como en Europa. Materiales y métodos: A través de una revisión de la literatura de Ciencias Políticas especializada en el tema, buscamos establecer las líneas de base para una definición conceptual del outsider político y abordar cómo se ha analizado empíricamente el fenómeno. Resultados: Conceptualmente hablando, dos dimensiones resultaron ser esenciales para identificar a los outsiders: la afiliación partidaria y la ocupación profesional. El primero verifica la posición del individuo en relación con el sistema de partidos, ya sea que ganó prominencia política dentro o fuera de los partidos establecidos, mientras que el segundo identifica si el individuo tenía una ocupación dentro de la arena de la política institucional antes de presentarse a una elección. En cuanto a los análisis empíricos de los outsiders en política, encontramos una falta de rigor conceptual en la mayoría de los estudios revisados a la hora de clasificar a determinados actores políticos como outsiders. Discusión: Quedan algunos desafíos conceptuales y metodológicos cuando se intenta estudiar el fenómeno, como por ejemplo, cómo extender el concepto a los candidatos presidenciales oa los estudios sobre los outsiders en los parlamentos. Otro tema es cómo circunscribir el fenómeno entre otros fenómenos correlacionados, como el ascenso de líderes y/o partidos populistas y, sobre todo, el discurso electoral de los outsiders: si bien este no es un rasgo esencial del outsider, el anti-establishment la retórica está casi invariablemente presente a través de una negación tanto de la política tradicional como de los políticos de carrera.
Introdução: O que é um outsider político e qual a relevância desse fenômeno no cenário político atual? O sucesso político daqueles que constroem suas carreiras fora dos partidos estabelecidos não é novo, mas tem se tornado mais presente na década de 2010, tanto no Brasil como na Europa. Materiais e métodos: Observando a literatura especializada de Ciência Política, buscou-se estabelecer as bases para a definição conceitual do político outsider e examinar como o fenômeno é tratado empiricamente. Resultados: Conceitualmente, duas dimensões demonstraram-se essenciais para a identificar outsiders: a partidária e a ocupacional. A primeira verifica a localização do indivíduo em relação ao sistema partidário, se ele ganhou proeminência política dentro ou fora dos partidos estabelecidos, e a segunda, se ele tinha uma ocupação na política institucional antes de lançar-se à disputa eleitoral. Quanto ao exame dos casos empíricos de outsiders na política, constatou-se que na maioria dos estudos observados não houve rigor conceitual ao classificar determinados atores políticos como outsiders. Discussão: Há ainda alguns desafios conceituais e metodológicos para estudar o fenômeno, por exemplo, como estender o conceito formulado para casos de candidatos a eleições presidenciais a estudos sobre outsiders nos parlamentos. Outra questão é como delimitar o fenômeno em meio a outros que lhe são correlatos, como a ascensão de líderes e/ou partidos populistas e, principalmente, o discurso eleitoral dos forasteiros: apesar de não ser uma característica essencial ao outsider, há quase invariavelmente uma retórica anti-establishment que representaria a negação tanto da política tradicional quanto dos políticos de carreira.