Resumo: Este artigo analisa aspectos que constituíram o colonialismo e a colonialidade do poder, do saber e do ser, e como esse modelo segue operando na lógica hegemônica do desenvolvimento, onde gênero, raça e classe foram instituídos como base de hierarquização e de classificação dos sujeitos. Nesse processo, as mulheres dos povos colonizados foram as mais subalternizadas. O bem viver Kaingang, em contraponto, aporta outras possibilidades de existência. São as mulheres desse coletivo, habitantes da Terra Indígena Mangueirinha, no Paraná, que expressam, pelas suas práticas e narrativas, críticas às violências sofridas pelas políticas de desenvolvimento em seu território. O artigo tem como base a pesquisa etnográfica realizada com elas, entre os anos de 2017 e 2021.
Abstract: This article analyzes the aspects that constituted colonialism and the coloniality of power; knowledge and being, and how this model continues to operate in the hegemonic logic of development, where gender, race, and class have been established as the basis for the hierarchization and classification of people, a process in which the women from these colonized peoples have been the most subordinated. The Kaingang’s well-living, on the other hand, presents a different style. It is the Kaingang women from the Mangueirinha Indigenous land, in Paraná, who criticize the violence suffered due to development policies upon their territory, through their practices and narratives. This article is based on an ethnographic research conducted on them, between 2017 and 2021.
Resumen: Este artículo analiza aspectos que constituyeron el colonialismo y la colonialidad del poder, del saber y del ser y cómo este modelo sigue operando en la lógica hegemónica del desarrollo, donde el género, la raza y la clase se establecieron como base para la jerarquización y clasificación de los sujetos. En este proceso, las mujeres de los pueblos colonizados fueron las más subordinadas. El buen-vivir Kaingang, por el contrario, ofrece otras posibilidades de existencia. Son las mujeres de esta comunidad, habitantes de la Tierra Indígena Mangueirinha, en Paraná, quienes, a través de sus prácticas y narrativas, expresan críticas a la violencia que sufren por las políticas de desarrollo en su territorio. El artículo se basa en una investigación etnográfica realizada con ellas entre 2017 y 2021.