Resumo Contexto Estudos indicam uma relação inversa entre volume hospitalar e mortalidade após endarterectomia carotídea. Entretanto, não há dados a nível brasileiro. Objetivos Avaliar a relação entre volume hospitalar de endarterectomia carotídea e mortalidade no estado de São Paulo. Métodos Foram analisados dados do Sistema de Informação Hospitalar do Estado de São Paulo de todas as endarterectomias carotídeas realizadas entre 2015 e 2019. Os hospitais foram categorizados em grupos de acordo com o volume anual de cirurgias (1-10, 11-25 e ≥26). Modelos de regressão logística múltipla foram usados para determinar se o volume de endarterectomias carotídeas era um preditor independente de mortalidade intra-hospitalar entre os pacientes submetidos a esse procedimento. Resultados A mortalidade intra-hospitalar foi quase 60% menor nos pacientes submetidos a endarterectomia carotídea nos hospitais de maior volume em comparação aos pacientes submetidos a endarterectomia nos hospitais de menor volume (OR não ajustado de sobrevida após alta hospitalar, 2,41; IC 95%, 1,11-5,23; p = 0,027). Embora essa taxa mais baixa represente 1,5 menos mortes por 100 pacientes tratados, os centros de alto volume são mais propensos do que os centros de baixo volume a realizarem procedimentos eletivos; portanto, a análise não reteve significância quando ajustada para o caráter de admissão (OR, 1,69; IC 95%, 0,74-3,87; p = 0,215). Conclusões Em um registro brasileiro contemporâneo, centros com maior volume de endarterectomia carotídea foram associados a menor mortalidade intra-hospitalar em comparação aos centros de menor volume. Mais estudos são necessários para verificar essa relação considerando a presença de sintomas em pacientes. Entretanto 201 2019 110, 110 1 10, 10 (1-10 1125 11 25 11-2 ≥26. 26 ≥26 . ≥26) intrahospitalar intra procedimento 60 OR 2,41 241 2 41 95 95% 1,115,23 111523 1,11 5,23 5 23 1,11-5,23 0,027. 0027 0,027 0 027 0,027) 15 1, tratados eletivos portanto OR, 1,69 169 69 0,743,87 074387 0,74 3,87 74 3 87 0,74-3,87 0,215. 0215 0,215 215 0,215) contemporâneo 20 (1-1 112 11- ≥2 6 2,4 24 4 9 115 1,115,2 11152 111 1,1 523 5,2 1,11-5,2 002 0,02 02 1,6 16 743 0,743,8 07438 074 0,7 387 3,8 7 8 0,74-3,8 021 0,21 21 (1- ≥ 2, 1,115, 1115 52 5, 1,11-5, 00 0,0 0,743, 0743 07 0, 38 3, 0,74-3, 0,2 (1 1,115 1,11-5 0,743 0,74-3 ( 1,11- 0,74-
Abstract Background Previous studies indicate an inverse relationship between hospital volume and mortality after carotid endarterectomy. However, data at the level of Brazil are lacking. Objectives To assess the relationship between hospital carotid endarterectomy procedure volumes and mortality in the state of São Paulo. Methods Data from the São Paulo State Hospital Information System on all carotid endarterectomies performed between 2015 and 2019 were analyzed. Hospitals were categorized into clusters by annual volume of surgeries (1-10, 11-25, and ≥26). Multiple logistic regression models were used to determine whether the volume of carotid endarterectomy procedures was an independent predictor of in-hospital mortality among patients undergoing this procedure. Results Crude in-hospital mortality was nearly 60 percent lower in patients who underwent carotid endarterectomy at the highest volume hospitals than among those who underwent endarterectomy at the lowest volume hospitals (unadjusted OR of survival to hospital discharge, 2.41; 95% CI, 1.11-5.23; p = 0.027). Although this lower rate represents 1.5 fewer deaths per 100 patients treated, high-volume centers are more likely than low-volume centers to perform elective procedures, thus the analysis did not retain statistical significance when adjusted for admission character (OR, 1.69; 95% CI, 0.74-3.87; p = 0.215). Conclusions In a contemporary Brazilian registry, higher volume carotid endarterectomy centers were associated with lower in-hospital mortality than lower volume centers. Further studies are needed to verify this relationship considering the presence of symptoms in patients. However lacking 201 analyzed 110, 110 1 10, 10 (1-10 1125, 1125 11 25, 25 11-25 ≥26. 26 ≥26 . ≥26) inhospital 6 unadjusted discharge 2.41 241 2 41 95 CI 1.115.23 111523 1.11 5.23 5 23 1.11-5.23 0.027. 0027 0.027 0 027 0.027) 15 1. treated highvolume high lowvolume low OR, (OR 1.69 169 69 0.743.87 074387 0.74 3.87 74 3 87 0.74-3.87 0.215. 0215 0.215 215 0.215) registry 20 (1-1 112 11-2 ≥2 2.4 24 4 9 115 1.115.2 11152 111 1.1 523 5.2 1.11-5.2 002 0.02 02 1.6 16 743 0.743.8 07438 074 0.7 387 3.8 7 8 0.74-3.8 021 0.21 21 (1- 11- ≥ 2. 1.115. 1115 52 5. 1.11-5. 00 0.0 0.743. 0743 07 0. 38 3. 0.74-3. 0.2 (1 1.115 1.11-5 0.743 0.74-3 ( 1.11- 0.74-