Resumo Objetivo Identificar a prevalência de complicações intradialíticas em pacientes com injúria renal aguda (IRA) na unidade de terapia intensiva (UTI) e seus fatores associados; verificar quais foram as condutas profissionais imediatas adotadas pela equipe. Métodos Estudo retrospectivo, com abordagem quantitativa, realizado na UTI de um hospital universitário e público, localizado na região sul do Brasil. Foram incluídos neste estudo todos os pacientes internados na UTI com diagnóstico médico de IRA dialítica entre janeiro de 2011 e dezembro de 2016. Realizou-se coleta de dados contidos em prontuários. Considerou-se como estatisticamente significativo p-valor < 0,05. Resultados Foram incluídos 76 pacientes, sendo a maioria com idade entre 41 e 65 anos (n= 44; 57,9%). Todos realizaram hemodiálise intermitente. Do total de pacientes, 71 (93,4%) apresentaram complicações durante a hemodiálise, sendo hipotensão intradialítica a complicação mais prevalente, acometendo 51 (71,8%) pacientes. A conduta profissional imediata mais frequente para a referida complicação foi instalação e/ou controle da infusão do medicamento vasoativo (100% dos casos). Idade, ventilação mecânica, IRA relacionada à sepse, número e tempo de duração (horas) das sessões dialíticas, bem como o momento de início da diálise foram significativamente associados à frequência das complicações intradialíticas. Conclusão Os pacientes apresentaram alta prevalência de complicações intradialíticas, sendo que as condutas profissionais imediatas mais frequentes objetivaram reverter hipotensão intradialítica e foram realizadas majoritariamente pela equipe de enfermagem. Os fatores associados às complicações estiveram relacionados à gravidade dos pacientes no início da diálise.
Abstract Objective To identify the prevalence of intradialytic complications in patients with acute kidney injury (AKI) in an Intensive Care Unit (ICU) and their associated factors and verify what were the immediate professional behaviors adopted by the team. Methods This is a quantitative retrospective study, carried out in the ICU of a university and public hospital, located in southern Brazil. All patients admitted to an ICU with a medical diagnosis of dialysis AKI between January 2011 and December 2016 were included in this study. Data were collected from medical records. A statistical difference with a p-value < 0.05 was considered significant. Results A total of 76 patients were included, the majority aged between 41 and 65 years (n=44; 57.9%). All underwent intermittent hemodialysis. Of the total number of patients, 71 (93.4%) had complications during hemodialysis, with intradialytic hypotension being the most prevalent complication, affecting 51 (71.8%) patients. The most frequent immediate professional conduct for this complication was installation and/or control of vasoactive drug infusion (100% of cases). Age, mechanical ventilation, sepsis-related AKI, number and duration (hours) of dialysis sessions, as well as the time of starting dialysis were significantly associated with the frequency of intradialytic complications. Conclusion Patients had a high prevalence of intradialytic complications, and the most frequent immediate professional procedures aimed at reversing intradialytic hypotension and were performed mainly by the nursing team. Factors associated with complications were related to the severity of patients at the beginning of dialysis.
Resumen Objetivo Identificar la prevalencia de complicaciones intradialíticas en pacientes con insuficiencia renal aguda (IRA) en la unidad de cuidados intensivos (UCI) y sus factores asociados; verificar qué conductas profesionales inmediatas fueron adoptadas por el equipo. Métodos Estudio retrospectivo, con abordaje cuantitativo, realizado en la UCI de un hospital universitario y público, ubicado en la región sur de Brasil. Se incluyeron en este estudio todos los pacientes ingresados a la UCI con diagnóstico médico de IRA dialítica entre enero de 2011 y diciembre de 2016. Se realizó la recopilación de datos de los prontuarios. Considerados estadísticamente significante p-valor < 0,05. Resultados Se incluyeron 76 pacientes, en su mayoría con edades entre 41 y 65 años (n= 44; 57,9 %). Todos realizaron hemodiálisis intermitente. Del total de pacientes, 71 (93,4 %) presentaron complicaciones durante la hemodiálisis, con hipotensión intradialítica como la complicación más prevalente, acometiendo a 51 (71,8 %) pacientes. La conducta profesional inmediata más frecuente para la referida complicación fue la instalación o el control de la infusión del medicamento vasoactivo (100 % de los casos). Edad, ventilación mecánica, IRA relacionada a la sepsis, número y tiempo de duración (horas) de las sesiones dialíticas, así como el momento de inicio de la diálisis estuvieron significativamente asociados con la frecuencia de las complicaciones intradialíticas. Conclusión Los pacientes presentaron alta prevalencia de complicaciones intradialíticas y las conductas profesionales inmediatas más frecuentes tuvieron el objetivo de revertir la hipotensión intradialítica y se realizaron mayoritariamente por el equipo de enfermería. Los factores asociados a las complicaciones se relacionaron con la gravedad de los pacientes al inicio de la diálisis.