Resumo Introdução A cirurgia é uma das opções mais usadas no tratamento do carcinoma epidermoide de cabeça e pescoço. Nos pacientes cirúrgicos, o uso do lactato arterial para avaliação de hipoxemia e de quadros inflamatórios graves é bem fundamentado. Entretanto, existem poucos estudos sobre o seu uso em pacientes com carcinoma epidermoide de cabeça e pescoço. O objetivo deste estudo foi investigar se o lactato arterial sérico no 1° dia de pós‐operatório seria um preditor de complicações pós‐operatórias nas cirurgias do carcinoma epidermoide de cabeça e pescoço. Método Trata‐se de uma coorte prospectiva, que avaliou 44 pacientes adultos, de ambos os gêneros, com carcinoma epidermoide de cabeça e pescoço, submetidos a cirurgia associada ao esvaziamento cervical em monobloco como tratamento inicial. Os pacientes foram divididos em dois grupos, segundo a presença ou não de complicações pós‐operatórias: complicados (Clavien‐Dindo II a V) e sem complicações (Clavien‐Dindo 0-I). Na comparação dos dados contínuos, foi usado o teste t de Student e as suas variantes. Na correlação dos dados, usou‐se o teste de Pearson ou Spearman. Valores de p inferiores a 0,05 (p < 0,05) foram considerados estatisticamente significativos. Resultados Dos pacientes, 59% (n = 26/44) desenvolveram complicações pós‐operatórias. O lactato sérico foi significantemente maior no grupo com complicações em relação aos pacientes sem complicações, respectivamente 2,15 mmoL/L (1,10-3,90) e 1,59 mmoL/L (0,70-3,44); p = 0,03. A acurácia prognóstica do lactato arterial foi de 69% (95% IC 54%-82%; p = 0,03), estimada pela curva ROC. Foi identificado um cut‐off> 1,7 mmoL/L, com sensibilidade de 65,38% e especificidade de 66,67%. Conclusão O lactato arterial do primeiro dia de pós‐operatório é um bom preditor de complicações pós‐operatórias nos pacientes com carcinoma epidermoide de cabeça e pescoço. pescoço cirúrgicos fundamentado Entretanto 1 pósoperatório pós operatório pósoperatórias operatórias Tratase Trata prospectiva 4 adultos gêneros inicial grupos Clavien‐Dindo ClavienDindo Clavien Dindo V 0I. 0I I 0 . 0-I) contínuos variantes usouse usou Spearman 005 05 0,0 significativos 59 n 26/44 2644 26 215 2 15 2,1 mmoLL mmoL L 1,103,90 110390 1,10 3,90 10 3 90 (1,10-3,90 159 1,5 0,703,44 070344 0,70 3,44 70 (0,70-3,44) 003 03 0,03 69 95% 95 (95 54%82% 5482 54% 82% 54 82 54%-82% 0,03, , 0,03) ROC cutoff cut off cut‐off 17 7 1, 6538 65 38 65,38 6667 66 67 66,67% 0-I 00 0, 5 26/4 264 21 2, 103 1,103,9 11039 110 1,1 390 3,9 9 (1,10-3,9 703 0,703,4 07034 070 0,7 344 3,4 (0,70-3,44 6 (9 54%82 548 8 54%-82 653 65,3 666 66,67 26/ 1,103, 1103 11 39 3, (1,10-3, 0,703, 0703 07 34 (0,70-3,4 ( 54%8 54%-8 65, 66,6 1,103 (1,10-3 0,703 (0,70-3, 54%- 66, (1,10- (0,70-3 (1,10 (0,70- (1,1 (0,70 (1, (0,7 (1 (0, (0
Abstract Introduction Surgery is one of the most frequently used options in the treatment of head and neck squamous cell carcinoma. In surgical patients, the use of arterial lactate to assess hypoxemia and severe inflammatory states is well-founded. However, there are few studies on its use in patients with head and neck squamous cell carcinoma. The aim of this study was to investigate whether the serum arterial lactate level on the 1st postoperative day would be a predictor of postoperative complications in head and neck squamous cell carcinoma surgeries. Methods This is a prospective cohort, which evaluated 44 adult patients of both genders, with HNSCC, who underwent surgery associated with monobloc neck dissection as an initial treatment. Patients were divided into two groups, according to the presence or absence of postoperative complications: with complication (Clavien-Dindo II-V) and without complications (Clavien-Dindo 0-I). Student’s t-test and its variants were used to compare continuous data. Pearson’s or Spearman’s test was used to correlate the data and p values <0.05 were considered statistically significant. Results A total of 59% of the patients (n = 26/44) developed postoperative complications. Serum lactate was significantly higher in the group with complications when compared to patients without complications, respectively 2.15 mmoL/L (1.10-3.90) and 1.59 mmoL/L (0.70-3.44); p = 0.03. The prognostic accuracy of arterial lactate was 69% (95% CI: 54%-82%; p = 0.03), estimated by the ROC curve. A cut-off >1.7 mmoL/L was identified, with a sensitivity of 65.38% and specificity of 66.67%. Conclusion Arterial lactate measured on the first postoperative day is a good predictor of postoperative complications in patients with head and neck squamous cell carcinoma. wellfounded. wellfounded well founded. founded well-founded However st surgeries cohort 4 genders HNSCC groups ClavienDindo Clavien Dindo IIV II V II-V 0I. 0I I 0 . 0-I) Students Student s ttest t Pearsons Pearson Spearmans Spearman 005 05 <0.0 significant 59 n 26/44 2644 26 215 2 15 2.1 mmoLL mmoL L 1.103.90 110390 1.10 3.90 1 10 3 90 (1.10-3.90 159 1.5 0.703.44 070344 0.70 3.44 70 (0.70-3.44) 003 03 0.03 69 95% 95 (95 CI 54%82% 5482 54% 82% 54 82 54%-82% 0.03, , 0.03) curve cutoff cut off 17 7 >1. identified 6538 65 38 65.38 6667 66 67 66.67% 0-I 00 <0. 5 26/4 264 21 2. 103 1.103.9 11039 110 1.1 390 3.9 9 (1.10-3.9 1. 703 0.703.4 07034 070 0.7 344 3.4 (0.70-3.44 0.0 6 (9 54%82 548 8 54%-82 >1 653 65.3 666 66.67 <0 26/ 1.103. 1103 11 39 3. (1.10-3. 0.703. 0703 07 0. 34 (0.70-3.4 ( 54%8 54%-8 > 65. 66.6 < 1.103 (1.10-3 0.703 (0.70-3. 54%- 66. (1.10- (0.70-3 (1.10 (0.70- (1.1 (0.70 (1. (0.7 (1 (0. (0