Investigar a influência da área de formação de universitários na prática da automedicação. Estudo transversal com aplicação de questionários sobre o perfil dos entrevistados, a prática da automedicação e outras questões relacionadas ao manejo da saúde. Foram entrevistados 342 universitários das diferentes áreas de formação, sendo 81 da área da saúde. Destes, 37,0% referiram ter se automedicado nos últimos quinze dias. Neste período os problemas de saúde mais comuns para esta prática foram a dor em geral (90,4%) adotando-se principalmente analgésicos e antitérmicos. Observou-se que ser mulher (p = 0,049) e possuir plano de saúde (p = 0,036) associaram-se significativamente a automedicação e que ser da área de saúde não está associado à prevalência desta prática (p = 0,139). Contudo, identificou-se que a influência da propaganda (p < 0,001), de prescrições antigas (p = 0,041), de farmacêuticos ou funcionários da farmácia (p = 0,005) e de amigos, vizinhos e familiares (p = 0,003) são significativas em universitários que não são da área de saúde e que a influência do conhecimento próprio (p < 0,001) é significativo em estudantes da área da saúde.
The scope of this paper was to investigate the influence of a university student's field of study upon self-medication. A cross-sectional study was conducted through the administration of questionnaires on the profile of the respondents, self-medication and other healthcare-related issues. In all, 342 students from different fields of study were interviewed, 81 of which were from the health area. Of the respondents, 37% reported self-medicating in the last fortnight. The most common health problems for self-medication in this period were general pain (90.4%) and analgesics and antipyretics were the most common form of medication. It was observed that being female (p=0.049), as well as the fact of having health insurance (p=0.036), were significantly associated with self-medication and that studying in the health area was not associated with self-medication (0.139). However, it was found that the influence of advertising (p<0.001), old prescriptions (p=0.041), pharmacists or pharmacy employees (p=0.005), as well as friends, neighbors and relatives (p=0.003) were more significant among university students who were not within the health area, though the influence of acquired knowledge (p<0.001) is more significant among students in the health area.