RESUMO Objetivo: Estimar prevalência, avaliar tendência e disparidades na ocorrência de tabagismo entre gestantes residentes em Rio Grande (RS), entre 2007 e 2019. Métodos: Foram incluídas nestes estudos todas as gestantes residentes no município que tiveram filho em algum dos hospitais locais entre 1o de janeiro e 31 de dezembro nos anos de 2007, 2010, 2013, 2016 e 2019. As entrevistas ocorreram em até 48 horas após o parto. Considerou-se como tabagista a gestante que fumou pelo menos um cigarro por dia durante 30 dias em algum dos trimestres da gestação. Utilizou-se o respectivo teste χ2 para estimar as proporções e a tendência. Resultados: A prevalência média de tabagismo no período estudado foi 17,7% (intervalo de confiança de 95% – IC95% 17,0–18,3), caindo de 23,4% (IC95% 21,7–25,0) em 2007 para 12,4% (IC95% 11,1–13,9) em 2019. Essa queda ocorreu em todas as categorias das variáveis estudadas (p<0,001). As maiores disparidades na queda foram observadas entre os grupos extremos para renda (75,0 versus 34,4%) e escolaridade (51,0 versus 32,1%) e viver ou não com companheiro (50,7 versus 27,7%). Conclusão: Houve queda acentuada e desigual na prevalência de tabagismo ao longo desses 13 anos. Gestantes com maiores riscos de complicação durante a gravidez e o parto estiveram em nítida desvantagem em relação às demais. A redução da prevalência de tabagismo depende de priorizar intervenções entre aquelas de maior vulnerabilidade social. Objetivo RS, RS , (RS) 200 2019 Métodos 3 2010 2013 201 4 Considerouse Considerou se gestação Utilizouse Utilizou χ Resultados 177 17 7 17,7 intervalo 95 IC95 IC 17,0–18,3, 170183 17,0–18,3 0 18 17,0–18,3) 234 23 23,4 (IC95 21,7–25,0 217250 21 25 124 12 12,4 11,1–13,9 111139 11 1 9 p<0,001. p0001 p p<0,001 . 001 (p<0,001) 75,0 750 75 (75, 34,4% 344 34 51,0 510 51 (51, 32,1% 321 32 50,7 507 50 (50, 27,7%. 277 27,7% 27 27,7%) Conclusão demais social (RS 20 17, IC9 17018 17,0–18, 2 23, (IC9 21,7–25, 21725 12, 11,1–13, 11113 p000 p<0,00 00 (p<0,001 75, (75 34,4 51, 5 (51 32,1 50, (50 27,7 1701 17,0–18 (IC 21,7–25 2172 11,1–13 1111 p00 p<0,0 (p<0,00 (7 34, (5 32, 27, 170 17,0–1 21,7–2 217 11,1–1 111 p0 p<0, (p<0,0 ( 17,0– 21,7– 11,1– p<0 (p<0, 17,0 21,7 11,1 p< (p<0 21, 11, (p< (p

ABSTRACT Objective: To estimate the prevalence and to evaluate trends and disparities in the occurrence of smoking among pregnant women living in the municipality of Rio Grande (RS), in the extreme south of Brazil, between 2007 and 2019. Methods: All pregnant women living in this municipality who had a child in one of the local hospitals between January 1st and December 31st in the years 2007, 2010, 2013, 2016, and 2019 were included in the study. The interviews took place within 48 hours after childbirth. A pregnant woman was considered a smoker if she smoked at least one cigarette per day for 30 consecutive days in any of the pregnancy trimesters. The respective Pearson's χ2 test was used to estimate the proportions and the trend. Results: The mean prevalence of smoking in the studied period was 17.7% (95%CI 17.0–18.3), dropping from 23.4 (95%CI 21.7–25.0) in 2007 to 12.4% (95%CI 11.1–13.9) in 2019. This decrease occurred in all categories of the studied variables (p>0.001). The greatest disparities in the decrease were observed between the extreme groups for income (75.0 versus 34.4%) and level of education (51.0 versus 32.1%) and living or not with a partner (50.7 versus 27.7%). Conclusion: There was a sharp and uneven drop in the prevalence of smoking over these 13 years. Pregnant women at higher risk of complications during pregnancy and childbirth were at a clear disadvantage compared to others. Reducing the prevalence of smoking depends on prioritizing interventions among pregnant women with greater social vulnerability. Objective RS, RS , (RS) Brazil 200 Methods st 2010 2013 2016 201 study 4 3 trimesters Pearsons Pearson s χ trend Results 177 17 7 17.7 95%CI 95CI CI 95 17.0–18.3, 170183 17.0–18.3 0 18 17.0–18.3) 234 23 23. 21.7–25.0 217250 21 25 124 12 12.4 11.1–13.9 111139 11 1 9 p>0.001. p0001 p p>0.001 . 001 (p>0.001) 75.0 750 75 (75. 34.4% 344 34 51.0 510 51 (51. 32.1% 321 32 50.7 507 50 (50. 27.7%. 277 27.7% 27 27.7%) Conclusion others vulnerability (RS 20 17. 17018 17.0–18. 2 21.7–25. 21725 12. 11.1–13. 11113 p000 p>0.00 00 (p>0.001 75. (75 34.4 51. 5 (51 32.1 50. (50 27.7 1701 17.0–18 21.7–25 2172 11.1–13 1111 p00 p>0.0 (p>0.00 (7 34. (5 32. 27. 170 17.0–1 21.7–2 217 11.1–1 111 p0 p>0. (p>0.0 ( 17.0– 21.7– 11.1– p>0 (p>0. 17.0 21.7 11.1 p> (p>0 21. 11. (p> (p

ABSTRACT Objective: To estimate the prevalence and to evaluate trends and disparities in the occurrence of smoking among pregnant women living in the municipality of Rio Grande (RS), in the extreme south of Brazil, between 2007 and 2019. Methods: All pregnant women living in this municipality who had a child in one of the local hospitals between January 1st and December 31st in the years 2007, 2010, 2013, 2016, and 2019 were included in the study. The interviews took place within 48 hours after childbirth. A pregnant woman was considered a smoker if she smoked at least one cigarette per day for 30 consecutive days in any of the pregnancy trimesters. The respective Pearson's χ2 test was used to estimate the proportions and the trend. Results: The mean prevalence of smoking in the studied period was 17.7% (95%CI 17.0–18.3), dropping from 23.4 (95%CI 21.7–25.0) in 2007 to 12.4% (95%CI 11.1–13.9) in 2019. This decrease occurred in all categories of the studied variables (p>0.001). The greatest disparities in the decrease were observed between the extreme groups for income (75.0 versus 34.4%) and level of education (51.0 versus 32.1%) and living or not with a partner (50.7 versus 27.7%). Conclusion: There was a sharp and uneven drop in the prevalence of smoking over these 13 years. Pregnant women at higher risk of complications during pregnancy and childbirth were at a clear disadvantage compared to others. Reducing the prevalence of smoking depends on prioritizing interventions among pregnant women with greater social vulnerability.

RESUMO Objetivo: Estimar prevalência, avaliar tendência e disparidades na ocorrência de tabagismo entre gestantes residentes em Rio Grande (RS), entre 2007 e 2019. Métodos: Foram incluídas nestes estudos todas as gestantes residentes no município que tiveram filho em algum dos hospitais locais entre 1o de janeiro e 31 de dezembro nos anos de 2007, 2010, 2013, 2016 e 2019. As entrevistas ocorreram em até 48 horas após o parto. Considerou-se como tabagista a gestante que fumou pelo menos um cigarro por dia durante 30 dias em algum dos trimestres da gestação. Utilizou-se o respectivo teste χ2 para estimar as proporções e a tendência. Resultados: A prevalência média de tabagismo no período estudado foi 17,7% (intervalo de confiança de 95% – IC95% 17,0–18,3), caindo de 23,4% (IC95% 21,7–25,0) em 2007 para 12,4% (IC95% 11,1–13,9) em 2019. Essa queda ocorreu em todas as categorias das variáveis estudadas (p<0,001). As maiores disparidades na queda foram observadas entre os grupos extremos para renda (75,0 versus 34,4%) e escolaridade (51,0 versus 32,1%) e viver ou não com companheiro (50,7 versus 27,7%). Conclusão: Houve queda acentuada e desigual na prevalência de tabagismo ao longo desses 13 anos. Gestantes com maiores riscos de complicação durante a gravidez e o parto estiveram em nítida desvantagem em relação às demais. A redução da prevalência de tabagismo depende de priorizar intervenções entre aquelas de maior vulnerabilidade social.