Resumo Introdução A avaliação do consumo alimentar das crianças é essencial para as medidas de promoção de saúde delas. Objetivo Avaliar os marcadores do consumo alimentar de crianças menores de 5 anos atendidas na Estratégia Saúde da Família e verificar sua associação com o contexto social. Método Estudo desenvolvido nos municípios da Paraíba, prioritários para ações voltadas à prevenção da obesidade infantil, com amostra probabilística representativa de 909 crianças (893 estudadas). Resultados As prevalências de aleitamento materno exclusivo e complementar foram de 40,4% e 56,8%, respectivamente; diversidade alimentar, de 18,2%; consumo de fruta, de 74,9%; e consumo de verduras e legumes, de 61,2%. O consumo de alimentos ultraprocessados foi de 51,1% para crianças < 2 anos e de 25,8% para crianças de 2-5 anos. A situação socioeconômica associou-se à interrupção do aleitamento materno e ao consumo de fruta; o apoio social, ao aleitamento materno exclusivo, à interrupção do aleitamento materno e ao consumo de fruta; a assistência social, à interrupção do aleitamento materno, ao consumo de alimentos ultraprocessados, à diversidade alimentar e ao consumo das principais refeições; a segurança alimentar e nutricional, à diversidade alimentar e ao consumo de fruta. Conclusão A utilização dos marcadores do consumo alimentar possibilitou a identificação de práticas alimentares inadequadas e fatores do contexto social associados.
Abstract Background The assessment of child food intake is essential for health promotion measures. Objective To evaluate markers of food consumption in children under 5 years of age assisted at the Family Health Strategy and verify their association with social context. Method The study was conducted in the municipalities of the state of Paraíba, Brazil, considered as priority for actions aimed to prevent childhood obesity, with a probabilistic and representative sample composed of 909 children (893 studied). Results The following prevalence rates were observed: exclusive and complementary breastfeeding (40.4 and 56.8%, respectively), food diversity (18.2%), fruit consumption (74.9%), consumption of vegetables (61.2%), and consumption of ultra-processed foods by children aged <2 and 2-5 years (51.1 and 25.8%, respectively). The following associations between social context and markers of food intake were found: socioeconomic status - interruption of breastfeeding and fruit consumption; social support - exclusive breastfeeding and interruption of breastfeeding and fruit consumption; social assistance - interruption of breastfeeding, consumption of ultra-processed foods, food diversity, and consumption of main meals; food and nutrition security - food diversity and fruit consumption. Conclusion The use of markers of food consumption allowed the identification of inadequate food practices and factors associated with social context.