Resumen La teoría de las representaciones sociales aplicada al campo de la sociología del derecho permite indagar la reconstrucción colectiva de lo jurídico que se produce en las interacciones cotidianas de las personas ordinarias, más allá de las manifestaciones oficiales del Derecho. En este artículo, la teoría de las representaciones sociales desde la escuela estructuralista (Abric, 2001) entra en dialogo con los estudios de conciencia del derecho-LCS (Ewick y Silbey, 2004) con el objetivo de comprender la legalidad construida por un grupo de 79 padres y madres de la ciudad de Barranquilla en torno al objeto derechos de los niños. Se procedió a caracterizar el universo semántico y la estructura representacional del objeto, a partir de las evocaciones realizadas por los participantes. Los datos se recogieron mediante la técnica de red de asociaciones (De Rosa, 1995). El tratamiento de la información se realizó con dos técnicas, análisis prototípico (Vergès, 1992) apoyado en el programa EVOC (2003), y la construcción de una narrativa emergente, siguiendo la propuesta de análisis de Strauss y Corbin (2012) mediante la herramienta analítica conceptual de paradigma. Los resultados evidencian que los derechos de los niños son un objeto de representaciones que ha franqueado las fronteras del lenguaje técnico jurídico y circula entre los padres gracias a un campo semántico contextualizado en el marco de la tarea educativa familiar. La reelaboración del mensaje legal respecto a los derechos de los infantes, a través de las representaciones de los padres, tiene como eje el reconocimiento de los derechos de protección y prestacionales. Las libertades fundamentales se encuentran como elementos latentes de la representación. Términos referidos a sentimientos (como el amor) tienen fuerte presencia en el sistema central. Son estados afectivos que permean la construcción de la representación y le brindan cohesión al sistema representacional, evidenciando que las representaciones también son un sentir que logra vincular a un grupo humano. Descriptores: crianza del niño, derecho, derechos humanos, familia, sociología.
Abstract The theory of social representations applied to the field of the sociology of law allows us to investigate the collective reconstruction of the legal that occurs in the daily interactions of ordinary people, beyond the official manifestations of law. In this article the theory of social representations from the structuralist school (Abric, 2001) dialogues with the legal consciousness studies-LCS (Ewick and Silbey, 2004) aiming to understand legality built by a group of 79 parents from the city of Barranquilla around the object Children's Rights. The semantic universe and the representational structure of the object were characterized from the evocations expressed by the participants. Data was collected by applying the associative networks technique (De Rosa, 1995). The information treatment was carried out with two techniques, prototypical analysis (Vergès, 1992) supported by the EVOC software (2003), and the construction of an emerging narrative following the proposal of Strauss and Corbin (2012) of analysis using the conceptual analytical tool of paradigm. The results show that children's rights are an object of representations that has crossed the borders of technical legal language and circulates among parents thanks to a semantic field contextualized within the framework of the family educational task. The reworking of the legal message regarding the rights of infants through representations of parents has as its axis the recognition of protection and benefits rights. The freedoms are found as latent elements of representation. Terms referring to feelings like love have a strong presence in the central system. They are affective states that permeate the construction of representation and provide cohesion to the representational system, showing that representations are also a feeling that manages to link a human group. Descriptors: family, human rights, legal sciences, parenting, sociology.
Resumo A teoria das representações sociais aplicada ao campo da sociologia do direitopermite investigar a reconstrução coletiva do jurídico que ocorre nas interações cotidianas das pessoas comuns, além das manifestações oficiais do direito. Neste artigo, a teoria das representações sociais da escola estruturalista (Abric, 2001) entra em diálogo com os estudos da consciência da lei-LCS (Ewick e Silbey, 2004) com o objetivo de entender a legalidade construído por um grupo de 79 pais e mães da cidade de Barranquilla em torno do objeto direitos das crianças. O universo semântico e a estrutura representacional do objeto foram caracterizados a partir das evocações realizadas pelos participantes. Os dados foram coletados aplicando a técnica de rede de associação (De Rosa, 1995). O tratamento da informação foi realizado com duas técnicas: análise prototípica (Vergès, 1992), apoiada pelo programa EVOC (2003), e a construção de uma narrativa emergente, seguindo a proposta de Strauss e Corbin (2012) de análise, utilizando a ferramenta analítica conceitual de paradigma. Os resultados mostram que os direitos da criança são objeto de representações que ultrapassaram as fronteiras da linguagem técnica jurídica e circulam entre os pais e mães, graças a um campo semântico contextualizado no âmbito da tarefa educativa da família. A reformulação da mensagem legal relação aos direitos das crianças por meio de representações dos pais e mães tem como eixo o reconhecimento dos direitos de proteção e benefícios. As liberdades fundamentais são encontradas apenas como elementos latentes de representação. Termos que se referem a sentimentos (como o amor) têm uma forte presença no sistema central. São estados afetivos que permeiam a construção da representação e proporcionam coesão ao sistema representacional, mostrando que as representações também são um sentimento que consegue vincular um grupo humano. Descritores: direito, direitos humanos, família, parentalidade, sociologia.