Migrantes internacionais foram reconhecidos como uma população de risco no contexto da pandemia de COVID-19. Em todo o mundo, várias estratégias têm sido implantadas para a proteção dessa população, como o estabelecimento de centros de acolhimento e quarentena ou isolamento. Este artigo relata os resultados de um estudo que explorou as experiências de migrantes internacionais em residências de saúde organizadas no Chile para quarentena segura no âmbito da pandemia de COVID-19, a partir de uma abordagem de condições éticas para o atendimento. Foi realizado um estudo qualitativo entre os anos de 2020-2021. Foram realizadas 30 entrevistas individuais semiestruturadas online nas cidades de Arica, Iquique, Antofagasta e Santiago com migrantes internacionais com experiência de uso de residências de saúde; equipes de saúde das residências de saúde; gestores dos referidos locais; autoridades locais; e especialistas nacionais. Foi realizada análise temática das informações. O estudo conclui que para os migrantes internacionais, embora a experiência em residências de saúde tenha significado significativo apoio à saúde, é imprescindível que os cuidados prestados, além da exigência de que sejam enquadrados em uma abordagem de direitos e respeito à dignidade de cada pessoa, incorporar a perspectiva da interculturalidade em seu trabalho, ou seja, garantir o direito a serviços de saúde culturalmente relevantes, que respeitem a cultura dos indivíduos, minorias, povos e comunidades.
International migrants have been recognized as a population at risk in the context of the COVID-19 pandemic. Worldwide, various strategies have been deployed for the protection of this population, such as the establishment of reception and quarantine or isolation centers. This article reports the results of a study that explored the experiences of international migrants in nursing homes in Chile created to ensure a safe quarantine during the COVID-19 pandemic, from an approach of ethical conditions for care. A qualitative study was carried out in 2020-2021. Thirty individual semi-structured online interviews were conducted in the cities of Arica, Iquique, Antofagasta and Santiago with international migrants with experience of using nursing homes; health teams of nursing homes; managers of nursing homes; local authorities; and national experts. Thematic analysis of the information was carried out. The study concludes that for international migrants, although the experience in nursing homes has meant significant health support, it is essential that the care provided, in addition to the requirement that it be framed in an approach of rights and respect for the dignity of each person, incorporate the perspective of interculturality in its work, that is, ensuring the right to culturally relevant health services, respectful of the culture of individuals, minorities, peoples and communities.
Migrantes internacionales han sido reconocidos como población de riesgo en el contexto de la pandemia de COVID-19. A nivel mundial se han desplegado diversas estrategias para la protección de esta población, como la habilitación de centros de recepción y cuarentena o aislamiento. El artículo da cuenta de los resultados de un estudio que exploró las experiencias de migrantes internacionales en residencias sanitarias dispuestas en Chile para la realización de cuarentenas seguras en el marco de la pandemia COVID-19, desde un enfoque de condiciones éticas para el cuidado. Se realizó un estudio cualitativo entre los años 2020-2021. Se efectuaron 30 entrevistas individuales semi-estructuradas en línea en las ciudades de Arica, Iquique, Antofagasta y Santiago a migrantes internacionales con experiencia de uso de residencias sanitarias; equipos de salud de residencias sanitarias; mánagers de dichos recintos; autoridades locales; y expertos nacionales. Se realizó análisis temático de la información. El estudio concluye que para migrantes internacionales, si bien la experiencia en residencias sanitarias ha significado un apoyo sanitario significativo, es imprescindible que el cuidado proporcionado, además de la exigencia que se enmarque en un enfoque de derechos y de respeto a la dignidad de cada persona, incorpore la perspectiva de la interculturalidad en su quehacer, es decir, asegurando el derecho a servicios de salud culturalmente pertinentes, respetuosos de la cultura de las personas, las minorías, los pueblos y las comunidades.