O presente estudo tem como objectivo estudar a influência que poderá ter o exercício físico de um idoso sobre a sua sexualidade. Incide sobre a população idosa, sendo a amostra constituída por 54 sujeitos casados, com idades compreendidas entre 65 e 75 anos. Esta divide-se em dois grupos, um dos quais constituído por 27 sujeitos que praticam exercício físico e o outro por 27 indivíduos que não praticam exercício físico. Utilizou-se como instrumento um questionário sobre a sexualidade após os 65 anos, adaptado por nós. Os sujeitos não praticantes de exercício físico foram entrevistados individualmente em centros de dia, tendo os questionários sido preenchidos pelo entrevistador. Quanto aos sujeitos praticantes de exercício físico, os questionários foram preenchidos pelo próprio e entregues nos seus ginásios, após lhes terem sido dadas as devidas instruções. Tratando-se de um estudo observacional-descritivo de comparação entre grupos, os resultados foram analisados utilizando os testes de Mann-Whitney (opções de resposta de nível ordinal) e do Qui-Quadrado (opções de resposta de nível nominal). Averiguámos que existem diferenças estatisticamente significativas entre as duas amostras no que diz respeito a algumas das dimensões da sexualidade, nomeadamente ao nível da iniciativa para ter relações sexuais, da frequência em média de relações sexuais, do interesse pela vida sexual, das modificações notadas sobre as actividades/divertimentos comuns com o/a companheiro/a, da sensação obtida através das relações sexuais e ainda ao nível dos factores que consideram influenciar a vida sexual. Constatámos que, a nível geral, e de acordo com a amostra em estudo, os sujeitos praticantes de exercício físico são sexualmente mais activos do que os sujeitos não praticantes de exercício físico, existindo uma relação entre a prática de exercício físico e algumas das dimensões da sexualidade do idoso.
The aim of this work is to study the influence that physical exercise may have upon the sexuality of elderly people. The sample is composed of 54 married subjects, with an age range of 65-75 years. It was divided into two groups, one of which consists of 27 subjects who regularly exercise, the other consisting of 27 subjects who do not exercise. A questionnaire about sexuality after the age of 65 was used as our instrument, after some adjustments. The non-exercising subjects were interviewed individually in a room at their respective day care centers, with the questionnaires being filled by the interviewer. The remaining subjects filled their own enquiries, which were handed at their gymnasiums along with filling instructions. The investigation was designed as an observational-descriptive study of inter-group comparison, and the results were analyzed using the Mann-Whitney (ordinal level answer options) and Qui-Square (nominal level answer options) tests. The results showed statistically relevant differences between the two samples on some of the studied dimensions, namely the sexual initiative, the mean frequency of sexual intercourse, the interest in sex life, the perceived changes of the couple’s mutual activities/ /amusements, the sensations obtained through sexual intercourse and the factors the subjects consider influence sex life. On this sample, on a general level, it was observed that exercising subjects are sexually more active than non-exercising subjects and a relation was established between the practice of physical exercise and some dimensions of elderly sexuality.