Resumen Desde el punto de vista de una teoría urbana crítica este artículo tiene como objetivo examinar en el proceso de urbanización neoliberal, la relación entre la producción de espacio y las acciones de reestructuración y reprogramación vinculadas a políticas y agentes que producen espacio urbano; así como su vínculo actual con el fenómeno del cambio climático y su papel en la reestructuración urbana de las ciudades del mundo. Se discute la conexión entre el paradigma global de la sociedad del riesgo y el surgimiento de discursos y narrativas tales como: resiliencia y urbanización sostenible, asociadas con el fenómeno del cambio climático y sus principales agentes de difusión. También hay un reflejo sobre la construcción de narrativas sobre el papel de la autonomía y la descentralización del Estado, presente en el discurso neoliberal de producción y gestión de riesgos de la gobernanza urbana global. Es una investigación cualitativa. Se concluye que, actualmente, existen dispositivos que promueven la falta de responsabilidad del Estado hacia las poblaciones social y ambientalmente vulnerables de las ciudades en el Sur Global, y estimulan la privatización de bienes y servicios públicos comunes. Estos dispositivos están vinculados al patrón de urbanización planetaria neoliberal hegemónica contemporánea. Ideas destacadas: artículo de reflexión sobre la relación entre la producción del espacio, en el proceso de urbanización neoliberal con el paradigma de la sociedad del riesgo; analiza el papel de los fenómenos de reestructuración y reescalamiento de las acciones y políticas de los agentes productores de espacio en el proceso de urbanización planetaria neoliberal; reflexiona sobre la asociación de la urbanización neoliberal y el capital financiero y el papel del Programa de las Naciones Unidas para los Asentamientos Humanos (ONU-Habitat) en este proceso; analiza el surgimiento de discursos y narrativas como la resiliencia y urbanización sostenible, vinculadas al paradigma del cambio climático y sus principales agentes de difusión, así como sus límites y posibilidades.
Abstract From the point of view of a critical urban theory, this analysis article aims to examine the relationship between the production of space in the process of neoliberal urbanization, with the restructuring and rescheduling actions linked to policies and agents that produce urban space, and its current link with the phenomenon of climate change and its role in the urban restructuring of world cities. To this end, the connection between the global risk society paradigm and the rise of discourses and narratives as: resilience and sustainable urbanization associated with the phenomenon of climate change and its main disseminating agents. This analysis is completed with reflection on the construction of narratives about the role of autonomy (individual and collective) and the decentralization of the State, present in the neoliberal discourse of risk production and management and of space production in global governance. It is a qualitative research. To carry out the study, in addition to extensive bibliographic research, a documentary analysis was carried out to examine reports, websites and documents linked to multilateral institutions, among others. It is concluded that, currently, there are devices/narratives that promote the State's lack of responsibility towards the socially and environmentally vulnerable populations of cities in the Global South, and the stimulus to the privatization of common goods and public services. These devices are linked to the pattern of contemporary hegemonic neoliberal planetary urbanization. Highlights: the reflection article on the relationship between the production of space, in the process of neoliberal urbanization with the paradigm of the risk society; analyzes the role of the restructuring and rescheduling phenomena of the actions and policies of the space-producing agents in the neoliberal planetary urbanization process; reflects on the association of neoliberal urbanization and financial capital and the role of the United Nations Human Settlements Program (UN-Habitat) in this process; it analyzes the rise of discourses and narratives such as those of resilience and sustainable urbanization, linked to the paradigm of climate change, and its main disseminating agents, as well as its limits and possibilities.
Resumo Sob o ponto de vista de uma teoria crítica urbana, esse artigo de análise, visa examinar a relação entre a produção do espaço, no processo de urbanização neoliberal, com as ações de reestruturação e reescalonamento ligadas às políticas e agentes produtores do espaço urbano, e sua vinculação, atual, com o fenômeno das mudanças climáticas e seu papel na reestruturação urbana das cidades mundiais. Discute-se a ligação do paradigma da "sociedade de risco" global com a ascensão de discursos e narrativas como: resiliência e urbanização sustentável, associados ao fenômeno das mudanças climáticas, e seus principais agentes difusores. Realiza-se também uma reflexão sobre a construção de narrativas a respeito do papel da autonomia e da descentralização do Estado, presentes no discurso neoliberal da produção e gestão de risco da governança urbana global. Trata-se de uma pesquisa qualitativa. Conclui-se, que existem, atualmente, dispositivos que promovem a desresponsabilização do Estado perante as populações vulneráveis social e ambientalmente das cidades do Sul Global, e o estímulo a privatização de bens comuns e serviços públicos, esses dispositivos estão ligados ao padrão de urbanização planetária neoliberal hegemônico contemporâneo. Ideias destacadas: artigo de reflexão sobre a relação entre a produção do espaço, no processo de urbanização neoliberal, com o paradigma da sociedade de risco; analisa o papel dos fenômenos de reestruturação e reescalonamento das ações e políticas dos agentes produtores do espaço no processo de urbanização planetária neoliberal; reflete sobre a associação da urbanização neoliberal com o capital financeiro e o papel do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) nesse processo; analisa a ascensão de discursos e narrativas como os da resiliência e urbanização sustentável, ligada ao paradigma das mudanças climáticas, e seus principais agentes difusores, assim como seus limites e possibilidades.