CONTEXTO: O reconhecimento da prevalência da depressão em pacientes com doença de Parkinson (DP) é necessário para o desenvolvimento de práticas direcionadas ao tratamento da depressão e a melhora na qualidade de vida deles. OBJETIVO: Identificar na literatura indexada estudos relacionados à prevalência de depressão na DP, visto que normalmente há sub-reconhecimento e subdiagnóstico da comorbidade. MÉTODOS: Levantamento de artigos no PubMed, LILACS e SciELO que cumpriram com as palavras-chave: prevalence, depression e Parkinson. Critérios para inclusão: artigos nos idiomas inglês, português e espanhol, sem limite de tempo. Excluíram-se artigos relacionados ao tratamento da DP e validação de escalas. RESULTADOS: Selecionaram-se 20 artigos com taxas de prevalência de depressão de 1,8% a 68,1%. Seis estudos foram casos-controle, dois foram coortes, um, longitudinal prospectivo e 13, transversais. Quanto à técnica de avaliação, oito empregaram entrevista clínica, nove utilizaram apenas instrumentos de auto-avaliação, um empregou entrevista clínica e instrumentos de auto-avaliação e quatro consultaram bancos de dados. CONCLUSÕES: A prevalência de depressão variou de acordo com a metodologia, porém, em geral, as taxas foram bastante elevadas. Evidenciou-se a necessidade de definições mais precisas sobre depressão na DP para se estabelecer uma taxa de prevalência mais acurada.
BACKGROUND: The recognition of depression prevalence in Parkinson's disease (PD) is necessary for the development of treatment techniques as well as the improvement in the patient's quality of life. OBJECTIVE: To identify in the literature studies related to the prevalence of depression in PD. METHODS: The search for articles was based on PubMed, LILACS and SciELO matching the key-words prevalence, depression and Parkinson. Inclusion criteria of articles were: papers in English, Portuguese and Spanish; without time limitation. Articles related to the treatment of PD and to the validation of scales were excluded. RESULTS: A total of 20 studies were selected, including six case-control studies, 3 longitudinal (2 cohort) studies, and 43 non-sectional studies. Prevalence rates ranged from 1.8% to 68.1%. Concerning the evaluation of techniques employed, eight studies used clinical interviews, nine used just self-report instruments, one utilized clinical interviews and self-report instruments and four consulted data bases. DISCUSSION: The prevalence of depression varied according to the methodology, however, in general, rates proved to be considerably elevated. The analysis reveals the necessity of more precise and consensual definitions regarding depression in PD so that more accurate prevalence rates can be obtained.