According to recent studies, Spanish adolescents show low perception of risk in alcohol consumption. The current study aims to analyze the factors that favor this low perception based on the opinion of a group of 32 professional experts on adolescence, family, school, mass media, and local policies. A qualitative methodology was used, based on Grounded Theory, using information from 5 focus groups guided by semi-structured interviews. Twelve factors or subcategories were identified, grouped in 4 general categories: short-term risk, immediacy, and perception of invulnerability (“adolescent thinking” category); benevolent view of alcohol, normalization of consumption, and alcohol-entertainment binomial (“social norms” category); parents’ habitual consumption, verbal/non-verbal inconsistency in parental model, risk-free consumption depicted in the mass media, consumption with positive results in the media (“social models” category); and excessive health content, long-term risk (“preventive discourse” category). After discussing the results in the context of the current scientific literature, the article offers various proposals for increasing risk perception in adolescents: stronger impact of contents on short-term risks of alcohol; educational strategies targeted to adolescents to include agents of socialization, especially parents; and policies centered on the substance and reduction of supply.
Según los estudios recientes, los adolescentes españoles muestran una baja percepción del riesgo asociado al consumo de alcohol. El objetivo de la presente investigación es analizar los factores que favorecen esta baja percepción a partir de la opinión de un grupo de 32 profesionales/expertos en adolescencia, familia, escuela, medios de comunicación y políticas locales. Se utilizó una metodología cualitativa, fundamentada en Grounded Theory, a partir de la información obtenida mediante 5 grupos de discusión guiados por entrevistas semiestructuradas. Se identificaron 12 factores o subcategorías agrupados en 4 categorías generales: riesgo a corto plazo, inmediatez y percepción de invulnerabilidad (categoría “pensamiento adolescente”); concepción benévola del alcohol, normalización del consumo y binomio alcohol-diversión (categoría “normas sociales”); consumo habitual en los padres, inconsistencia verbal-no verbal en el modelado parental, consumo sin riesgo en los medios, consumo con resultados positivos en los medios (categoría “modelos sociales”); excesivo contenido sanitario, riesgo a largo plazo (categoría “discurso preventivo”). Tras discutir los resultados en el contexto de la literatura científica actual, se realizan varias propuestas con el objetivo de aumentar la percepción del riesgo en los adolescentes: incidir con mayor fuerza en contenidos sobre los riesgos a corto plazo del alcohol; orientar las estrategias educativas dirigidas al adolescente, también hacia los agentes de socialización, especialmente los padres; incidir en políticas centradas en la sustancia y en reducir la oferta.
De acordo com estudos recentes, os adolescentes espanhóis mostram baixa percepção de risco em relação ao consumo de álcool. O estudo tem como objetivo analisar os fatores associados com a baixa percepção de risco, com base nas opiniões de um grupo de 32 especialistas em adolescência, família, escola, mídia e políticas locais. Foi utilizada uma metodologia qualitativa, baseada na Teoria Fundamentada, usando informações de cinco grupos focais orientados por entrevistas semi-estruturadas. Foram identificados 12 fatores ou subcategorias, agrupados em quatro categorias gerais: risco no curto prazo, imediatismo e percepção de invulnerabilidade (categoria de “pensamento adolescente”); visão benevolente em relação ao álcool, normalização do consumo e binômio álcool-entretenimento (categoria de “normas sociais”); consumo habitual pelos pais, inconsistência na comunicação verbal versus não verbal no modelo representado pelos pais, consumo isento de risco retratado pela mídia, consumo com resultados positivos na mídia (categoria de “modelos sociais”) e excesso de conteúdo relacionado à saúde, risco no longo prazo (categoria de “discurso preventivo”). Depois de discutir os resultados no contexto da literatura científica atual, o artigo oferece várias propostas para aumentar a percepção de risco entre os adolescentes: impacto mais forte de conteúdos sobre os riscos do álcool no curto prazo; estratégias educativas orientadas aos adolescentes para incluir os agentes da socialização, especialmente os pais, além de políticas centradas na substância e na redução da oferta.