RESUMO A entrevista com a antropóloga Jacqueline Muniz tem o objetivo de explicitar os conflitos institucionais que envolvem o 'Poder de Guerra' frente ao 'Poder de Polícia' estabelecidos pela intervenção federal no estado do Rio de Janeiro, a ausência de protocolos de utilização do uso legal e legítimo da força e os efeitos que a administração pacífica ou violenta, institucional ou informal, dos conflitos têm para a sociedade. O texto é resultado de um processo de bricolagem que uniu transcrições de partes de entrevistas concedidas por Jacqueline Muniz a emissoras de TV e jornais impressos. As transcrições utilizadas têm o sentido de depreender a densidade (GEERTZ, 2008) dos temas relativos às demandas da população, como também a de intervir o mínimo possível entre a entrevistada e o público. Nestes termos, do ponto de vista metodológico, o pensamento antropológico guiou a escrita jornalística, no sentido de que a informação seja compreensível, a partir de dados que me afetam e mobilizam (CEFAÏ, 2011), como cidadã, mulher e companheira das lutas por uma sociedade mais justa, diversa e equânime.
ABSTRACT Jacqueline Muniz's interview aims to explain institutional conflicts involving 'War Power' in the face of 'Police Power' which took place through the federal intervention at Rio de Janeiro State. It also approaches the absence of protocols to define legal and legitimate use of force as well as the social effects of conflict administration in a peaceful or violent, institutional or informal manner. This text is the result of a bricolage process, which unites excerpts of different interviews with Jacqueline Muniz to TV networks and newspapers. These transcripts comprehend meaning and density (GEERTZ, 2008) of a number of subjects related to the population's demands, and also intent to intervene as little as possible between the person interviewed and the reader. From a methodological point of view, anthropological thought has guided the journalistic writing so the information is understandable, emerging from data which affect and mobilize the author (CEFAÏ, 2011) as a citizen, a woman and part of the struggle for a more just, diverse and equal society.