In Brazil, University Hospitals have had different forms of participation within the health system. Since the 1980´s they have become more relevant with the reduction of services provided by the philanthropic and private hospitals to the public health system. This work intends to describe and analyze how the University Hospital (Hospital das Clinicas) of the Federal University of Minas Gerais (HC-UFMG) joined the health system of the city of Belo Horizonte, in the period between 1996 and 2004, within the national context of both the National Public Health System (SUS, in Brazil) and the policies introduced to the UH. Bibliographical and documental research was carried out to learn more about the relationship of the UH with the health system throughout the years, as well as the specificities of the relationship between the UH and the health system. Through semi-structured interviews, we have identified factors that can either help or hinder integration in the eyes of the actors involved in the process. Despite the conflicts created by the confronting of powers and practices instituted in the UH, besides the new municipal management challenge brought by the management of a University andTeaching Hospital, the experience has been positive. There has been an enlargement and more service user's access equity, helping to reduce the difficulties of the health system. The teaching activities have been enlarged, and there have also been financial and organizational gains. Over a decade after its implementation, it is useful in the discussion about new and urgent changes in the UH sustainability and organizational structure of the UH within the Brazilian health system.
En Brasil los hospitales universitarios (HU) se insertaron de varias formas en el sistema de salud. A partir de la década de 1980 adquirieron mayor relevancia asistencial con la retracción de la prestación de servicios del sector filantrópico y privado al sistema público de salud. En este trabajo el objeto es describir y analizar la trayectoria de integración del Hospital de Clínicas de la Universidad Federal de Minas Gerais (HC-UFMG) al sistema municipal de salud de Belo Horizonte, en el período de 1996 a 2004, dentro del contexto nacional del SUS y de las políticas trazadas para los HU. Serealizóinvestigación bibliográfica y documentaria para conocer la relación de los HU con el sistema de salud durante su existencia y las especificidades de la relación entre el HC-UFMG y el sistema municipal de salud. Por medio de entrevistas semi estructuradas, identificamos los factores facilitadores o dificultadores de la integración, desde el punto de vista de atores involucrados en el proceso. A pesar de los conflictos generados por el enfrentamiento de los poderes y prácticas instituidos en el H.U. y del nuevo reto para el municipio de administrar este hospital, la experiencia ha sido considerada como positiva. El acceso a los servicios aumentó y se volvió más equitativos, y, de esta forma, contribuyó a reducir estrangulamientos del sistema de salud. Aumentaron las posibilidades de actividades de enseñanza parte de los beneficios organizacionales y financieros. Después de más de diez años de su implementación, la experiencia contribuye, ahora, a la discusión sobre nuevas y urgentes cambios en las estructuras de sustentación y organización de los H.U. en el conjunto de los servicios de salud en Brasil.
No Brasil, os Hospitais Universitários (HUs) viveram diferentes formas de inserção no sistema de saúde. A partir da década de 1980, ganharam maior relevância assistencial, com a retração da prestação de serviços pelo setor filantrópico e privado ao sistema público de saúde. Neste trabalho objetiva-se descrever e analisar a trajetória de integração do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG) ao sistema municipal de saúde de Belo Horizonte, no período de 1996 a 2004, no contexto nacional do SUS e das políticas traçadas para os HUs. Foram realizadas pesquisas bibliográfica e documental para conhecer a relação dos HUs com o sistema de saúde ao longo de sua existência e as especificidades da relação entre o HC-UFMG e o sistema municipal de saúde. Por meio de entrevistas semi-estruturadas, identificamos os fatores facilitadores e dificultadores da integração, na visão de atores envolvidos no processo. Apesar dos conflitos gerados pelo enfrentamento dos poderes e práticas instituídos no HU e do novo desafio para o município de gerir esse hospital, a experiência é considerada positiva. Houve ampliação e maior eqüidade de acesso aos serviços, contribuindo para a redução de estrangulamentos do sistema desaúde. Ampliaram-se as possibilidades de atividades de ensino, além de ganhos organizacionais e financeiros. Decorrida mais de uma década de sua implementação, a experiência contribui, agora, para a discussão sobre novas e urgentes mudanças nas estruturas de sustentação e organização dos HUs no conjunto dos serviços de saúde no Brasil.