RESUMO Objetivo Originar insights proativos para melhorar o controle da tuberculose (TB) em áreas urbanas descrevendo as atividades de controle da TB em hospitais em cinco cidades na América Latina. Métodos Estudo descritivo das atividades de controle da TB em hospitais realizado em 2013–2015 com base em pesquisa transversal concebida pela Organização Pan-Americana da Saúde e conduzida na Cidade da Guatemala (Guatemala), Guarulhos (Brasil), Bogotá (Colômbia), Lima (Peru) e Assunção (Paraguai). Os dados foram analisados com o uso do teste qui-quadrado, teste exato de Fisher e teste de Mantel–Haenszel para razões de risco, conforme necessário (P < 0,05). Resultados Apesar de ter existido variação entre as cidades, a maioria dos hospitais (91,3%) realizou o teste de esfregaço de bacilos acidorresistentes para o diagnóstico de TB e dispunha de um processo de controle de qualidade (94,0%), seguiu os protocolos nacionais de TB (95%) e notificou casos de TB aos órgãos sanitários competentes (96%). Além disso, o tratamento de TB foi proporcionado gratuitamente quase como um todo (97,1%). Porém, somente 74,2% dos hospitais receberam supervisão dos programas locais ou nacionais de combate à TB; 52,8% acompanharam os desfechos dos encaminhamentos e 39,1% ofereceram tratamento de TB ambulatorial completo, sendo que 68,7% usaram o tratamento diretamente observado. Conclusões O estudo destacou os pontos fortes e os pontos fracos em áreas específicas das atividades de controle da TB em hospitais e ressaltou a importância e a complexidade de coordenar esforços entre hospitais públicos e privados e as diversas partes envolvidas. Os programas locais de combate à TB e as autoridades sanitárias devem se basear nestes resultados para melhorar a qualidade das ações relacionadas à TB nos hospitais em condições semelhantes.
ABSTRACT Objective To generate actionable insights for improving TB control in urban areas by describing the tuberculosis (TB) control activities of hospitals in five cities in Latin America. Methods A descriptive study of hospital-based TB control activities was conducted in 2013–2015 using a cross-sectional survey designed by the Pan American Health Organization and administered in Guatemala City, Guatemala; Guarulhos, Brazil; Bogotá, Colombia; Lima, Peru; and Asunción, Paraguay. Data were analyzed using Chi-squared, Fisher exact tests, and the Mantel–Haenszel test for Risk Ratios, as necessary (P < 0.05). Results While variation among cities existed, most hospitals (91.3%) conducted acid-fast bacilli smears for TB diagnosis and had a quality control process (94.0%), followed national TB guidelines (95%), and reported TB cases to the respective health authorities (96%). Additionally, TB treatment was offered free of charge almost universally (97.1%). However, only 74.2% of hospitals were supervised by the national or local TB programs; 52.8% followed up on the outcome of referrals; and 39.1% offered full ambulatory TB treatment, with 68.7% using Directly-Observed Therapy. Conclusion The study underscored strengths and weaknesses in specific areas for TB control activities in hospitals and highlighted the importance and complexity of coordinating efforts among private and public hospitals and the various stakeholders. Local TB programs and health authorities should use these results to enhance the quality of TB-related actions in hospitals in similar settings.
RESUMEN Objetivo Generar información utilizable para mejorar el control de la tuberculosis en las zonas urbanas describiendo las actividades hospitalarias de control de la tuberculosis de cinco ciudades de América Latina. Métodos Se realizó un estudio descriptivo de las actividades hospitalarias de control de la tuberculosis mediante una encuesta transversal formulada por la Organización Panamericana de la Salud y administrada entre el 2013 y el 2015 en Ciudad de Guatemala (Guatemala), Guarulhos (Brasil), Bogotá (Colombia), Lima (Perú) y Asunción (Paraguay). Los datos fueron analizados con la prueba de la ji al cuadrado, la prueba exacta de Fisher y la prueba de asociación de Mantel-Haenszel de las razones de riesgos, según fuera necesario (P < 0,05). Resultados Pese a la variación observada entre las ciudades, la mayor parte de los hospitales (91,3 %) realizan frotis de bacilos acidorresistentes para diagnosticar la tuberculosis y disponen de un proceso de control de la calidad (94,0 %), siguen las directrices nacionales respecto de la tuberculosis (95 %) y notifican los casos a las autoridades de salud respectivas (96 %). Además, casi todos ofrecen tratamiento antituberculoso gratuito (97,1 %). Sin embargo, solo el 74,2 % de los hospitales está supervisado por el programa nacional o local contra la tuberculosis; el 52,8 % hace el seguimiento de la evolución de los pacientes derivados; y el 39,1 % ofrece tratamiento antituberculoso plenamente ambulatorio a los pacientes, del cual el 68,7 % corresponde al tratamiento bajo observación directa. Conclusiones En el estudio se ponen de relieve las fortalezas y las debilidades de aspectos específicos de las actividades hospitalarias de control de la tuberculosis, así como la importancia y la complejidad que reviste coordinar los esfuerzos entre los hospitales privados y públicos y los diversos interesados directos. Los programas locales contra la tuberculosis y las autoridades de salud deben aprovechar estos resultados para mejorar la calidad de las actividades hospitalarias relacionadas con la tuberculosis en entornos similares.