O efeito do hyphomyceto Paecilomyces fumosoroseus (Wise) Brown & Smith sobre as atividades de predação e parasitismo de Aphelinus asychis Walker, um parasitóide comum do pulgão-russo-do-trigo, Diuraphis noxia (Mordvilko), foi estudado sobre três diferentes umidades relativas. Três lotes de 20 fêmeas de A. asychis foram tratadas com 5,2 x 10(4) esporos/cm² (2 x DL95 para D. noxia). Cada fêmea foi então individualmente mantida numa placa de Petri com janela de ventilação provida com folhas de cevada e 20 D. noxia do 3º instar. Os lotes de 20 fêmeas tratadas foram mantidos em uma das seguintes umidades relativas: 67-73%, 85-89% e 94-98%. Números iguais de insetos não tratados foram mantidos nas mesmas condições (testemunha). A cada 24 horas, durante uma semana, os parasitóides sobreviventes eram transferidos para nova placa de Petri provida com folhas frescas e 20 pulgões. Após cada período de 24 horas de exposição e para cada parasitóide, os pulgões mortos foram contados e as folhas contendo os pulgões vivos foram colocadas sobre plantas de cevada a fim de permitir o reestabelecimento destes afídeos. Nove dias após a transferência dos pulgões, as múmias originadas foram contadas. O número total de afídeos consumidos e de múmias originadas do ataque dos parasitóides tratados, incubados a 94-98% de umidade relativa, foram significativamente menores do que os números correspondentes resultantes de parasitóides não tratados. Existe um declínio significativo de predação e de parasitismo para as fêmeas tratadas e uma redução progressiva no número de parasitóides sobreviventes. A morte de todos os parasitóides tratados, incubados por sete dias à umidade de 94-98% após tratamento, e o alto nível de micose dos cadáveres demonstraram suscetibilidade do adulto de A. asychis ao fungo P. fumosoroseus em condições de alta umidade relativa. Contudo, a compatibilidade do fungo e do parasitóide nas baixas umidades relativas indica bom potencial para seu uso combinado.
The effect of the hyphomycete Paecilomyces fumosoroseus (Wise) Brown & Smith on the predatory and parasitic activity of Aphelinus asychis Walker, a common parasitoid of the Russian wheat aphid, Diuraphis noxia (Mordvilko), was investigated under three different humidities. Three cohorts of 20 female A. asychis were treated with 5.2 x 10(4) spores/cm² (twice the LD95 for D. noxia). Each female was then individually maintained in a ventilated Petri dish in which were placed three barley leaves and 20 third-instar D. noxia. Cohorts of 20 treated females were each held at one of the following relative humidities along with an equal number of untreated control insects: 67-73%, 85-89%, and 94-98%. Every 24 hours over a period of one week, the surviving parasitoids were transferred into a new Petri dish provided with fresh leaves and 20 aphids. After each 24-hour period of exposure and for each parasitoid, dead aphids were counted and the leaves with live aphids were transferred to barley plants to permit the re-establishment of the aphids. Nine days after the transfer of aphids, the mummies were counted. The total number of aphids consumed and mummies originated from the treated parasitoids incubated at 94-98% RH was significantly lower than in the control group. There was a significant decline in predation and parasitism per treated female per day and a progressive reduction in the number of treated parasitoids surviving each day. The death of all treated parasitoids incubated for 7 days at 94-98% RH after treatment and the high level of mycosis in cadavers demonstrate the susceptibility of adult A. asychis to P. fumosoroseus at high relative humidity. However, the reduced suceptibility of parasitoids at lower humidities means that may still be possible to construct an integrated program of pest management using parasitoids and pathogens.