Vários fatores negativos podem afetar a saúde intestinal de frangos de corte e reduzir o seu desempenho. Aditivos para alimentação animal, chamados melhoradores de crescimento são utilizados na produção de frangos para controlar os problemas intestinais. Entretanto, a dificuldade de se induzir enterites em condições experimentais torna difícil a avaliação destes produtos. O objetivo deste estudo foi avaliar o melhor modelo experimental para induzir enterite em frangos de corte. Foram utilizados 192 pintinhos de corte, machos (Cobb 500®), divididos em esquema fatorial 2x4 (com boa ou baixa qualidade do óleo na dieta e com ou sem vacina contra coccidiose e doença de Gumboro), com oito tratamentos. As aves foram alojadas em cama de maravalha, com água e ração à vontade, e foram pesadas semanalmente. Nos dias 14, 21, 28 e 35, seis aves por tratamento foram abatidas para avaliação de lesões macroscópicas e microscópicas mediante a implementação de um sistema padrão de classificação de severidade das lesões que considerou infiltração linfocítica, morfologia dos enterócitos, edema intersticial e dilatação dos vasos linfáticos na mucosa do intestino. Foi observado que frangos alimentados com gordura de baixa qualidade na ração apresentaram menor ganho de peso e maior severidade de lesões histológicas em todos os segmentos intestinais. Estas lesões foram mais severas em aves desafiadas com coccidiose e doença de Gumboro. Estes resultados sugerem que a inclusão de gordura de baixa qualidade na ração, associada ao desafio com cocciciose no primeiro dia de vida e contra doença de Gumboro no 16º dia, é o melhor protocolo para induzir enterite em frangos de corte em condições experimentais, e ainda que o sistema padrão de classificação de severidade de lesões intestinais foi adequado para avaliar as enterites em frangos de corte.
Several negative conditions affect broilers intestinal health and reduce their performance. Feed additives, called growth promoters, are used in broilers production to control enteric problems, but is very difficult to evaluate these products in experimental conditions. The aim of this study was to evaluate the best experimental model to induce enteritis in broilers. A 192 one-day-old male broilers (Cobb 500®) were divided into 2x4 a factorial design (with good or poor quality oil in diet and with or without coccidiosis and Gumboro disease vaccine), with eight treatments. The birds were housed on litter, with water and feed ad libitum and were weighed weekly. At days 14, 21, 28 and 35, six birds per treatment were euthanized and gut gross lesions evaluated. Samples of duodenum, jejunum and ileum were taken for histopathological evaluation. A standard lesion score considering lymphocytic infiltration, enterocytes morphology, interstitial edema, and lymph vessel dilation was used. It was observed that broilers fed with poor quality of oil in the diet showed lower body weight and more severe macroscopic and histopathologic lesions on all intestinal segments. These lesions were more severe in birds challenged with coccidiosis and Gumboro disease. The results suggest that an inclusion of poor quality of oil in diet, associated with challenge with coccidiosis at first day and Gumboro virus vaccine at 16 day is the best protocol to promote enteritis in broilers at experimental conditions, and that use of standard lesion score was useful to evaluate enteritis.