Atualmente há grande necessidade de maior disponibilização de material didático no ensino médico. A escassez de segmentos anatômicos e a toxicidade dos conservantes, como o formol, têm gerado uma busca intensa por novos meios de demonstração da anatomia humana. Como solução para esta dificuldade pode-se utilizar imagens tridimensionais (3D), que facilitam o processo de aprendizado. Este estudo tem como objetivo comparar e descrever duas técnicas de reprodução de imagens bidimensionais em três dimensões, o que é chamado de estereoscopia. Os dois métodos avaliados foram o de filtro de cores (anaglífico) e o de luz polarizada. As técnicas foram analisadas segundo a nitidez e o efeito 3D. Avaliaram-se 14 imagens por 5 pessoas, com notas de 0 a 4. A média total da técnica de polarização foi superior em relação à técnica anaglífica. Ambas realizam codificação de imagens, que consiste na separação e na exclusividade com que cada olho vê a imagem correspondente. Após vários ensaios fotográficos e adaptações gradativas a uma melhor técnica, baseando-se em conhecimentos de física elementar, fotografia e neuroanatomia, concluímos que ambas são capazes de produzir efeito 3D. No entanto, a melhor técnica, em termos de qualidade final da imagem foi a de polarização, não alterando a coloração natural da peça, mantendo traços nítidos e possuindo menor custo.
The need of didactic material is increasing in medical science nowadays. The lack of anatomical specimens, and the toxicity of conservators, have originated an intense search for alternative ways of demonstrating the human anatomy. As a solution for this difficulty, three-dimensional (3-D) images may be used, facilitating the learning process. This study aims at comparing and describing two techniques of reproduction of bi-dimensional images into three dimensions, which is called stereoscopy. The methods evaluated are filter of colors (anaglyphic) and polarized light. Techniques were analyzed for clearness and 3-D effect. Fourteen images were evaluated by 5 people, with scores ranging from 0 to 4. Total mean scores of polarized light was superior compared to the anaglyphic technique. Both methods use the codification of the image, which means separation and exclusivity with each eye seeing its corresponding image. After several photographic essays and gradual adaptation to a better technique, based on optical physics, photography and neuroanatomical knowledge, we concluded that both techniques are suitable means for production of 3-D images. The best technique, however, considering the final quality of image was polarized light, which did not alter the natural color of the specimen, conserving clearness of images with lower cost.