Contexto Nossa experiência com ressecção pancreática laparoscópica começou em 2001. No início, a laparoscopia esteve reservada para casos selecionados. Com o aumento da experiência, procedimentos mais complexos, como pancreatectomia central e pancreato duodenectomia, foram realizadas por laparoscopia. Objetivos O objetivo deste trabalho foi rever a experiência de 11 anos com ressecção pancreática laparoscópica. Métodos Foram analisados todos os pacientes submetidos à ressecção pancreática laparoscópica entre 2001 e 2012 e incluídos dados pré-operatórios como idade, sexo e indicação cirúrgica, bem como variáveis intra-operatórias como o tempo operatório, o sangramento e transfusão. O diagnóstico final, o tamanho e a margem foram determinados a partir dos laudos anatomopatológicos. Resultados Desde 2001, 96 pacientes foram submetidos à pancreatectomia laparoscópica. A média de idade foi de 55 anos. Foram 60 homens e 36 mulheres. Oitenta e oito (91,6%) operações foram realizadas por laparoscopia e quatro (4,2%) necessitaram de auxílio da mão e uma robótica. Três pacientes foram convertidos. Quatro necessitaram de transfusão de sangue. O tempo operatório variou de acordo com tipo de operação. A mortalidade foi nula, mas a morbidade foi alta, principalmente devido à fístulas pancreáticas (28,1%). Sessenta e um pacientes foram submetidos à pancreatectomia distal, 18 à enucleação do pâncreas, 7 à duodenopancreatectomia com preservação de piloro, 5 à ressecção do processo uncinado, 3 centrais e duas pancreatectomias totais. Conclusão Ressecção laparoscópica do pâncreas é uma realidade. Técnicas que preservam o parênquima, como enucleação, ressecção do processo uncinado e pancreatectomia central, devem ser usadas para evitar insuficiência exócrina e/ou endócrina. Duodenopancreatectomia laparoscópica é operação segura, mas deve ser realizada em centros especializados e por cirurgiões laparoscópicos adequadamente treinados.
Context Our experience with laparoscopic pancreatic resection began in 2001. During initial experience, laparoscopy was reserved for selected cases. With increasing experience more complex laparoscopic procedures such as central pancreatectomy and pancreatoduodenectomies were performed. Objectives The aim of this paper is to review our personal experience with laparoscopic pancreatic resection over 11-year period. Methods All patients who underwent laparoscopic pancreatic resection from 2001 through 2012 were reviewed. Preoperative data included age, gender, and indication for surgery. Intraoperative variables included operative time, bleeding, blood transfusion. Diagnosis, tumor size, margin status were determined from final pathology reports. Results Since 2001, 96 patients underwent laparoscopic pancreatectomy. Median age was 55 years old. 60 patients were female and 36 male. Of these, 88 (91.6%) were performed totally laparoscopic; 4 (4.2%) needed hand-assistance, 1 robotic assistance. Three patients were converted. Four patients needed blood transfusion. Operative time varied according type of operation. Mortality was nil but morbidity was high, mainly due to pancreatic fistula (28.1%). Sixty-one patients underwent distal pancreatectomy, 18 underwent pancreatic enucleation, 7 pylorus-preserving pancreatoduodenectomies, 5 uncinate process resection, 3 central and 2 total pancreatectomies. Conclusions Laparoscopic resection of the pancreas is a reality. Pancreas sparing techniques, such as enucleation, resection of uncinate process and central pancreatectomy, should be used to avoid exocrine and/or endocrine insufficiency that could be detrimental to the patient's quality of life. Laparoscopic pancreatoduodenectomy is a safe operation but should be performed in specialized centers by highly skilled laparoscopic surgeons.