ABSTRACT OBJECTIVE To estimate the direct costs due to hospital care for extremely, moderate, and late preterm newborns, from the perspective of a public hospital in 2018. The second objective was to investigate whether factors associated with birth and maternal conditions explain the costs and length of hospital stay. METHODS This is a cost-of-illness study, with data extracted from hospital admission authorization forms and medical records of a large public hospital in the Federal District, Brazil. The association of characteristics of preterm newborns and mothers with costs was estimated by linear regression with gamma distribution. In the analysis, the calculation of the parameters of the estimates (B), with a confidence interval of 95% (95%CI), was adopted. The uncertainty parameters were estimated by the 95% confidence interval and standard error using the Bootstrapping method, with 1,000 samples. Deterministic sensitivity analysis was performed, considering lower and upper limits of 95%CI in the variation of each cost component. RESULTS A total of 147 preterm newborns were included. We verified an average cost of BRL 1,120 for late preterm infants, BRL 6,688 for moderate preterm infants, and BRL 17,395 for extremely preterm infants. We also observed that factors associated with the cost were gestational age (B = -123.00; 95%CI: -241.60 to -4.50); hospitalization in neonatal ICU (B = 6,932.70; 95%CI: 5,309.40–8,556.00), and number of prenatal consultations (B = -227.70; 95%CI: -403.30 to -52.00). CONCLUSIONS We found a considerable direct cost resulting from the care of preterm newborns. Extreme prematurity showed a cost 15.5 times higher than late prematurity. We also verified that a greater number of prenatal consultations and gestational age were associated with a reduction in the costs of prematurity.
RESUMO OBJETIVOS Estimar os custos diretos advindos com a assistência hospitalar a recém-nascidos prematuros extremos, moderados e tardios, sob a perspectiva de um hospital público em 2018. O segundo objetivo foi investigar se fatores associados ao nascimento e às condições maternas explicam os custos e o tempo de permanência hospitalar. MÉTODOS Estudo de custo da doença, com extração de dados a partir das autorizações de internação hospitalares e prontuários de um hospital público de grande porte do Distrito Federal. Estimou-se a associação de características dos recém-nascidos prematuros e das genitoras nos custos por meio de regressão linear com distribuição gamma. Na análise, adotou-se o cálculo dos parâmetros das estimativas (B), com intervalo de confiança de 95% (IC95%). Os parâmetros de incerteza foram estimados pelo intervalo de confiança de 95% e erro padrão por meio do método de Bootstrapping, com 1.000 amostragens. Realizou-se análise de sensibilidade determinística, considerando limites inferiores e superiores do IC95% na variação de cada componente de custo. RESULTADOS Foram incluídos 147 recém-nascidos prematuros. Verificamos um custo médio de R$ 1.120 para prematuros tardios, R$ 6.688 para prematuros moderados e R$ 17.395 para prematuros extremos. Verificamos também que os fatores associados ao custo foram idade gestacional (B = -123,00; IC95% -241,60 a -4,50); internação em UTI neonatal (B = 6.932,70; IC95% 5.309,40–8.556,00) e número de consultas pré-natal (B = -227,70; IC95% -403,30 a -52,00). CONCLUSÕES Verificamos um custo direto considerável advindo da assistência a recém-nascidos prematuros. A prematuridade extrema demonstrou um custo 15,5 vezes maior comparado à tardia. Verificamos ainda que uma maior quantidade de consultas pré-natal e a idade gestacional foram associadas a uma redução dos custos da prematuridade.