O manejo do tomateiro cultivado em ambiente protegido, com ênfase no raleio de frutos, pode contribuir de forma significativa para a produção de frutos de qualidade superior, expressando assim o potencial de cada cultivar. Foi avaliado o efeito do raleio de frutos na produtividade e seus componentes e em alguns atributos de qualidade de frutos de genótipos de tomateiro dos segmentos Santa Cruz e Italiano de crescimento indeterminado, visando ao consumo in natura. Avaliaram-se 12 genótipos de tomate de mesa (seis híbridos experimentais e seis cultivares) e dois modos de condução (plantas conduzidas com e sem raleio de frutos). O experimento foi com parcelas subdivididas, distribuídas em blocos completos ao acaso com três repetições. As parcelas foram representadas pelos genótipos e as subparcelas pelos modos de condução. Avaliaram-se o número de frutos por planta, produtividade comercial de frutos, produtividade de frutos não-comercializáveis, massa média do fruto, comprimento e largura do fruto, pH, teor de sólidos solúveis totais (SS), acidez titulável (AT), relação entre SS e AT, teor de ácido ascórbico e teor de licopeno. O raleio dos frutos proporcionou incremento da produtividade comercial, massa média, comprimento e largura do fruto para os híbridos THX-02 e THX-03, do segmento Santa Cruz, e THX-04, THX-05 e Netuno, do segmento Italiano e não mostrou vantagens para a produção e seus componentes para os demais genótipos e características avaliadas. Considerando o raleio de frutos, os genótipos Giuliana e Sahel obtiveram maior produtividade comercial e massa média do fruto. Sem o raleio de frutos, 'Netuno' alcançou maior número de frutos por planta, porém, o híbrido Sahel foi quem se destacou por apresentar maior produtividade comercial e massa média do fruto. O raleio não influenciou a qualidade organoléptica dos genótipos avaliados. 'Avalon' apresentou maior teor de ácido ascórbico que 'Netuno' e 'Sahel'. 'Débora Max', THX-01, THX-02 e THX-04 foram semelhantes entre si quanto ao teor de licopeno e superaram 'Giuliana', 'Sahel', THX-03 e THX-06.
The management of the tomato plant under greenhouse, with emphasis on fruit thinning, contributes significantly to the production of fruits of superior quality, expressing the potential of each cultivar. We determined the effect of fruit thinning on yield and its components in tomato hybrids of the Santa Cruz and Italian types of indeterminate growth, and we performed the qualitative characterization of the fruits, aiming in natura market. Twelve fresh-market tomato genotypes (six experimental hybrids and six commercial cultivars) and two training methods (with and without manual fruit thinning) were evaluated. A randomized complete block design was used in this trial, with split-plots and three replications. The plots were represented by genotypes and the subplots were constitued by training methods. Number of fruits per plant, yield of marketable and not marketable fruits, average fruit weight, fruit length and fruit width were measured. For quantitative characterization, pH, soluble solids concentration (SS), tritratable acidity (AT), ascorbic acid content, SS and AT ratio and lycopene content were measured. The fruit thinning increased marketable yield, average weight, length and width for the Santa Cruz hybrids THX-02 and THX-03 and for THX-04, THX-05 and Netuno, classified as Italian type. The fruit thinning did not provide benefits for yield and its components for the other evaluated characteristics and genotypes. Giuliana and Sahel genotypes presented higher marketable yield and average fruit weight. Without fruit thinning, 'Netuno' reached the highest number of fruits per plant, but the hybrid Sahel showed higher marketable yield and average fruit weight. Thinning did not affect the organoleptic quality of the genotypes. 'Avalon' showed higher ascorbic acid content than 'Netuno' and 'Sahel', and 'Débora Max', 'THX-01', 'THX-02' and 'THX-04', which were similar to each other in the content of lycopene, overcame 'Giuliana', 'Sahel', 'THX-03', and 'THX-06'.