O objetivo foi analisar a associação entre o risco de morte por agressões em jovens do sexo masculino e características sociodemográficas dos municípios brasileiros. Estudo ecológico tendo como unidades de análise os 1.651 municípios com mais de 20.000 habitantes. Foram utilizados dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e indicadores obtidos do Censo Demográfico 2010 e do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Razões de taxas de mortalidade foram estimadas por modelo de regressão binomial negativa. No período de 2010-2014, foram registrados 127.137 óbitos por agressão a jovens de 15-29 anos de idade do sexo masculino. A taxa corrigida de mortalidade foi 133,3/100 mil habitantes no conjunto dos municípios (mediana 71,5/100 mil habitantes). A taxa foi maior à medida que aumentou o porte populacional dos municípios. Razões de taxas mais elevadas no modelo ajustado foram observadas nos municípios mais urbanizados (1,95; IC95%: 1,70-2,23), em categorias intermediárias de desigualdade de renda (1,10; IC95%: 1,01-1,20) e proporção de pobreza (1,69; IC95%: 1,51-1,89), com menor proporção de jovens frequentando o Ensino Médio (2,05; IC95% 1,83-2,30), maior proporção de jovens de 18-24 anos desocupados (1,27; IC95%: 1,16-1,40) e maior número de mulheres em relação ao de homens (1,28; IC95% 1,05-1,58). A mortalidade de jovens do sexo masculino por agressão foi elevada, especialmente nos municípios maiores, mais urbanizados e com maior proporção de jovens buscando emprego e fora do ensino médio. Evidencia-se a relevância das políticas sociais para o enfrentamento da violência entre jovens.
The aim was to analyze the association between risk of death from assault in young males and socio-demographic characteristics in Brazilian municipalities. In this ecological study, the units of analysis were the 1,651 municipalities of Brazil with more than 20,000 inhabitants. Data were obtained from the Brazilian Mortality Information System (SIM) and indicators were obtained from the 2010 Population Census and Human Development Atlas. Mortality rate ratios were estimated by a negative binomial regression model. From 2010 to 2014, a total of 127,137 deaths from assault were reported in young males 15 to 29 years of age. Corrected mortality rate was 133.3/100 thousand inhabitants for the set of municipalities (median 71.5/100 thousand inhabitants). The rate increased with the municipalities’ population size. In the adjusted model, higher rates ratios were observed in the more urbanized municipalities (1.95; 95%CI: 1.70-2.23), in intermediate categories of income inequality (1.10; 95%CI: 1.01-1.20) and poverty rate (1.69; 95%CI: 1.51-1.89), with lower proportion of youth attending Secondary School (2.05; 95%CI: 1.83-2.30), with higher proportion of unemployed youth 18 to 24 years of age (1.27; 95%CI: 1.16-1.40), and with more women than men (1.28; 95%CI: 1.05-1.58). Mortality from assault was high in young Brazilian men, especially in larger and more urbanized municipalities and those with a higher proportion of youth looking for work and not attending secondary school. The results show the relevance of social policies for dealing with violence against youth.
El objetivo fue analizar la asociación entre el riesgo de muerte por agresiones en jóvenes del sexo masculino y características sociodemográficas de los municipios brasileños. Estudio ecológico teniendo como unidades de análisis los 1.651 municipios con más de 20.000 habitantes. Se utilizaron datos del Sistema de Información sobre Mortalidad (SIM) e indicadores obtenidos del Censo Demográfico 2010 y del Atlas de Desarrollo Humano. Las razones de tasas de mortalidad se estimaron por el modelo de regresión binomial negativa. En el período de 2010-2014, se registraron 127.137 óbitos por agresión a jóvenes de 15-29 años de edad del sexo masculino. La tasa corregida de mortalidad fue de 133,3/100 mil habitantes en el conjunto de los municipios (mediana 71,5/100 mil habitantes). La tasa fue mayor, a medida que aumentó el porte poblacional de los municipios. Razones de tasas más elevadas en el modelo ajustado se observaron en los municipios más urbanizados (1,95; IC95%: 1,70-2,23), en categorías intermedias de desigualdad de renta (1,10; IC95%: 1,01-1,20) y proporción de pobreza (1,69; IC95%: 1,51-1,89), con menor proporción de jóvenes frecuentando la Enseñanza Media (2,05; IC95%: 1,83-2,30), mayor proporción de jóvenes de 18-24 años desocupados (1,27; IC95%: 1,16-1,40) y mayor número de mujeres en relación a hombres (1,28; IC95%: 1,05-1,58). La mortalidad de jóvenes del sexo masculino por agresión fue elevada, especialmente en los municipios mayores, más urbanizados y con mayor proporción de jóvenes buscando empleo y fuera de la enseñanza media. Se evidencia la relevancia de las políticas sociales para el enfrentamiento de la violencia entre jóvenes.