RESUMO Objetivo: elaborar um mapa dos espaços inter-radiculares nos quais os mini-implantes podem ser inseridos, em um nível coberto por gengiva inserida; e avaliar se existe correlação entre o apinhamento dentário e a disponibilidade de espaços. Métodos: radiografias panorâmicas e modelos digitais de 40 pacientes foram selecionados seguindo critérios de inclusão. Os espaços inter-radiculares foram medidos nas radiografias panorâmicas, enquanto a discrepância de modelo foi avaliada nos modelos digitais. Realizou-se, então, uma análise estatística para avaliar se os espaços inter-radiculares foram influenciados pela presença do apinhamento dentário. Resultados: na mandíbula, os locais mais adequados para a inserção dos mini-implantes foram os espaços compreendidos entre os segundos molares e primeiros pré-molares; na maxila, entre os primeiros molares e segundos pré-molares, bem como entre caninos e incisivos laterais, e entre os dois incisivos centrais. Os espaços inter-radiculares entre os caninos e incisivos laterais superiores e entre o primeiro e o segundo pré-molares inferiores mostraram-se influenciados pela presença do apinhamento dentário. Conclusões: o mapa dos espaços inter-radiculares mais adequados aqui proposto pode ser adotado como um guia geral para a inserção de mini-implantes, e pode ser usado logo ao início do planejamento do tratamento ortodôntico. Em seguida, o clínico deve levar em consideração a quantidade de apinhamento: caso esse seja grande, o real espaço inter-radicular, em algumas áreas, poderá ser significativamente diferente da média aqui relatada. Assim, recomenda-se que sempre sejam feitas radiografias individualizadas para cada paciente.
ABSTRACT Objective: To define a map of interradicular spaces where miniscrew can be likely placed at a level covered by attached gingiva, and to assess if a correlation between crowding and availability of space exists. Methods: Panoramic radiographs and digital models of 40 patients were selected according to the inclusion criteria. Interradicular spaces were measured on panoramic radiographs, while tooth size-arch length discrepancy was assessed on digital models. Statistical analysis was performed to evaluate if interradicular spaces are influenced by the presence of crowding. Results: In the mandible, the most convenient sites for miniscrew insertion were in the spaces comprised between second molars and first premolars; in the maxilla, between first molars and second premolars as well as between canines and lateral incisors and between the two central incisors. The interradicular spaces between the maxillary canines and lateral incisors, and between mandibular first and second premolars revealed to be influenced by the presence of dental crowding. Conclusions: The average interradicular sites map hereby proposed can be used as a general guide for miniscrew insertion at the very beginning of orthodontic treatment planning. Then, the clinician should consider the amount of crowding: if this is large, the actual interradicular space in some areas might be significantly different from what reported on average. Individualized radiographs for every patient are still recommended.