CONTEXTUALIZAÇÃO: Desde o relatório final da VIII Conferência Nacional de Saúde em 1986, busca-se a introdução de práticas alternativas de assistência à saúde no âmbito dos serviços públicos de saúde. Porém, apenas em 2006, por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, os profissionais não-médicos puderam atuar como acupunturistas no Sistema Único de Saúde (SUS). OBJETIVOS: Descrever a evolução da acupuntura no SUS bem como a inclusão de novos acupunturistas não-médicos. MÉTODOS: Efetuou-se um estudo exploratório e descritivo cuja fonte de dados foi o Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA) do SUS, disponibilizado pelo banco de dados do Ministério da Saúde, relativo às consultas em acupuntura realizadas por médicos e não-médicos entre 1999 e 2007, distribuindo-se os atendimentos segundo cidades e ano do atendimento. Para a análise da tendência temporal do número de atendimentos de acupuntura, foi utilizado o modelo de regressão linear simples, utilizando-se nível de significância de 5%. RESULTADOS: A análise da tendência temporal revelou um aumento significativo (p>0,001) de 1,1 consultas em acupuntura por 100 mil atendimentos ambulatoriais anualmente registrados entre os anos de 1999 e 2007. Foi observado um expressivo incremento no último ano do período estudado. Em 2007, 28% das consultas de acupuntura foram registradas por profissionais não-médicos em 41 cidades. CONCLUSÕES: Há expansão das consultas e do número de cidades que registram acupuntura no SUS no período do estudo.
BACKGROUND: Since the final report of the 8th National Health Conference in 1986, the introduction of alternative healthcare practices within the scope of public health services has been sought. However, it was only in 2006, through the National Policy for Complementary and Integrative Practices, that non-medical professionals were allowed to act as acupuncturists within the Brazilian National Health System (SUS). OBJECTIVES: To describe the evolution of acupuncture within SUS and the inclusion of new, non-medical acupuncturists. METHODS: An exploratory descriptive study was conducted on acupuncture consultations provided by physicians and non-physicians between 1999 and 2007. The data source was the SUS Outpatient Information System, which is made available through the Ministry of Health database. Consultations were divided according to city and year. To analyze the temporal trend of the number of acupuncture consultations, a simple linear regression model was used, with a significance level of 5%. RESULTS: Analysis of the temporal trend showed that there was a significant increase (p<0.001) of 1.1 acupuncture consultations per 100 thousand outpatient examinations recorded annually between 1999 and 2007. There was a significant increase over the last year of the study period. In 2007, 28% of the acupuncture consultations were recorded by non-medical professionals in 41 cities. CONCLUSIONS: There has been an expansion in the number of acupuncture consultations and in the number of cities that record the use of acupuncture within SUS over the study period.