Resumo O objetivo do presente estudo foi identificar o limiar de frequência cardíaca baseado na cinética da frequência cardíaca durante o exercício máximo graduado em jogadores de futebol. Vinte e seis jogadores de futebol masculino realizaram um teste de exercício máximo (protocolo de Bruce) em uma esteira motorizada. O consumo de oxigênio (VO2) e a freqüência cardíaca (FC) foram monitorados, registrados e reamostrados a 3,5Hz. O limiar ventilatório (LV), a compensação respiratória (CR), os pontos de deflexões da frequência cardíaca (PDFC1 e PDFC2) e o limiar da cinética da frequência cardíaca (LCFC) foram determinados por métodos computadorizados. A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) foi avaliada no domínio da frequência. A média do LCFC foi de 89,9 ± 1,2% do VO2 de pico. O LCFC demonstrou correlações e diferenças significativas em relação ao PDFC1 (r = 0,46) e ao LV (r = 0,51), mas não foi diferente e altamente correlacionado com PDFC2 (0,98) e CR (0,90). Os gráficos de Bland Altman mostraram todos os atletas em 95% dos limites de concordância, e o coeficiente de correlação intraclasse apresentou boas concordâncias entre os pontos obtidos com o LCFC em comparação com o PDFC2 (0,96) e CR (0,98). A LCFC foi altamente correlacionada com PDFC2 e CR, sugerindo que poderia ser um marcador de fadiga cardiorrespiratória.
Abstract The main of the present study was to identify the heart rate threshold based on heart rate kinetics during graded maximal exercise in football players. Twenty-six male football players performed a maximal exercise test (Bruce protocol) on a motor-driven treadmill. Oxygen uptake (VO2) and heart rate (HR) were monitored, recorded and resampled at 3.5Hz. The ventilatory threshold (VT), and respiratory compensation (RC), heart rate deflection points (HRDP1 and HRDP2) and heart rate kinetics threshold (HRT) were determined by computerized methods. The heart rate variability (HRV) was assessed in the frequency domain. The HRT averaged 89.9 ± 1.2 % of the VO2 peak. The HRT showed poor correlations and significant differences compared with HRDP1 (r = 0.46) and VT (r = 0.51), but was not different from, and highly correlated with, HRDP2 (0.98) and RC (0.90). Bland Altman plots showed all athletes into 95% of limits of agreement, and intraclass correlation coefficient showed good agreements between points obtained from HRT compared with HRDP2 (0.96) and RC (0.98). The HRT was highly correlated with HRDP2 and RC, suggesting it could be a marker for cardiorespiratory fatigue.