<p>A falta de critérios padronizados para a avaliação dos resultados faz com que seja difícil tirar conclusões sobre o desempenho clínico dos implantes curtos e, nestas circunstâncias, determinar as razões para o fracasso do implante. Este estudo avaliou, através de uma revisão sistemática da literatura, os parâmetros essenciais necessários para avaliar o desempenho clínico em longo prazo de implantes curtos e extra-curtos. Bases de dados eletrônicas (PubMed-MEDLINE, Base de dados da Biblioteca Cochrane, Embase e Lilacs) foram avaliadas por dois revisores independentes, sem limitação da linguagem, de modo a identificar artigos elegíveis. As referências dos artigos selecionados foram também analisadas. A revisão incluiu estudos clínicos, publicados entre janeiro de 2000 e março de 2014, envolvendo implantes dentais curtos, instalados em seres humanos, nos quais foram descritos os parâmetros utilizados para mensuração dos resultados e fornecidos dados sobre as taxas de sobrevivência. Treze estudos metodologicamente aceitáveis foram selecionados, sendo identificados 24 parâmetros. Os parâmetros avaliados com maior frequencia foram a perda óssea marginal e a taxa cumulativa de sobrevivência do implante, seguida pela taxa de falha dos implantes e complicações biológicas, tais como sangramento à sondagem e profundidade de sondagem. Apenas a taxa cumulativa de sobrevivência dos implantes permitiu a meta-análise revelando efeito positivo (variação de 0.052 (efeito fixo) até 0.042 (efeito aleatório)), demonstrando que os implantes curtos parecem ser uma opção de tratamento bem sucedida. Complicações mecânicas e a mensuração da proporção coroa-implante foram também referidas, entretanto, considerando-se as evidências disponíveis, não se pode chegar a fortes conclusões, pois diferentes métodos foram utilizados para avaliar cada parâmetro. Por meio desta revisão da literatura, um esquema padronizado de avaliação é proposto, sendo útil para arregimentar novas investigações e permitir a comparação de estudos futuros.</p>
<p>Lack of standard criteria in the outcome assessment makes it difficult to draw conclusions on the clinical performance of short implants and, under these circumstances, determine the reasons for implant failure. This study evaluated, through a systematic review of the literature and meta-analysis, the essential parameters required to assess the long-term clinical performance of short and extra-short implants. Electronic databases (Pubmed-MEDLINE, Cochrane Library Database, Embase, and Lilacs) were searched by two independent reviewers, without language limitation, to identify eligible papers. References from the selected articles were also reviewed. The review included clinical trials involving short dental implants placed in humans, published between January 2000 and March 2014, which described the parameters applied for outcome's measurements and provided data on survival rates. Thirteen methodologically acceptable studies were selected and 24 parameters were identified. The most frequent parameters assessed were the marginal bone loss and the cumulative implant survival rate, followed by implant failure rate and biological complications such as bleeding on probing and probing pocket depths. Only cumulative implant survival rate data allows meta-analysis revealing a positive effect size (from 0.052 (fixed) to 0.042 (random)), which means that short implant appears to be a successful treatment option. Mechanical complications and crown-to-implant (C/I) ratio measurement were also commonly described, however, considering the available evidence; no strong conclusions could be drawn since different methods were used to assess each parameter. By means of this literature review, a standard evaluation scheme is proposed, being helpful to regiment further investigations and comparisons on future studies.</p>