OBJETIVO: Conhecer o portador de hipertensão arterial, da rede pública de saúde, por meio da análise de suas atitudes, percepções, crenças, pensamentos e práticas, com o propósito de aperfeiçoar os programas de atendimento para essa categoria de doença. MÉTODOS: Foi realizado estudo exploratório com 32 pacientes hipertensos atendidos em duas unidades de saúde do Município de Ribeirão Preto, SP. Os sujeitos foram entrevistados em uma única sessão e os dados foram analisados pelo método "análise de conteúdo", por meio de categorias não definidas a priori. RESULTADOS: Quase a metade dos pacientes estudados (41%) não soube definir o que é hipertensão arterial. Mencionaram como principal sintoma dor de cabeça e na nuca (18%), sendo as possíveis conseqüências o derrame e o infarto (39%). Os fatores emocionais foram os mais referidos como os que dificultam o controle da pressão alta. Para este controle, 40% indicaram mudanças de hábitos alimentares e de vida. Dentro deste total, a caminhada e a ginástica foram os mais referidos. Quanto ao comportamento adotado pelos pacientes, os mais mencionados foram o uso de medicamentos e tratamento por profissional de saúde. CONCLUSÕES: Os aspectos psicossociais e as crenças de saúde parecem interferir diretamente no conhecimento que o paciente tem sobre a doença hipertensiva e nas práticas de saúde adotadas. Considera-se importante propor novas formas de orientação aos pacientes com hipertensão arterial.
OBJECTIVE: To get to know arterial hypertension patients through their attitudes, beliefs, perceptions, thoughts, and practices related to the disease. METHODS: An exploratory study was carried out in 32 hypertensive patients seen at 2 health care units in the municipal district of Ribeirão Preto, Brazil. Subjects were interviewed in a single session and data were analyzed using the Content Analysis method through categories not defined a priori. RESULTS: About half the patients (41%) were not able to define hypertension. They believed the main symptoms were headaches and neck pain (18%) and the possible consequences of the disease were stroke and heart attack (39%). Emotional factors were mentioned as the ones that mostly impair hypertension control. To accomplish that, 40% said there should be changes in the diet and life style, such as walking and exercising. Regarding patients' practices, drug treatment and management by a health provider were most often referred. CONCLUSIONS: Psychosocial aspects and health beliefs seem to affect directly with patients' knowledge on hypertensive disease and their health practices. Given that all patients had already received some kind of information about arterial hypertension before the beginning of the study, it would be important to propose new forms of educating these patients.