O objetivo deste estudo foi avaliar custos de implantação e manutenção da assistência odontológica no setor público. Os custos foram atualizados/depreciados de acordo com a vida útil e considerados na perspectiva do serviço e da sociedade. Os resultados mostraram que, para o serviço, o custo total de implantação de uma unidade odontológica com sete consultórios foi de R$ 860.643,67 no primeiro ano e R$ 545.419,23 para manutenção, sendo clínica geral a especialidade mais cara. Para a sociedade, o custo total foi de R$ 990.065,06 (implantação) e R$ 668.369,55 (manutenção) e a especialidade mais cara foi prevenção. Custos de capital representaram um pequeno percentual dos custos de uma unidade odontológica, entretanto, deveriam ser considerados, pois podem modificar os resultados. Devido ao alto custo, intervenções preventivo-promocionais realizadas no ambiente clínico não deveriam ser recomendadas, devendo ser substituídas por ações populacionais amplas e de menor custo, uma vez que valores consideráveis necessitam ser desembolsados pela população de baixa renda para participar de programas públicos gratuitos.
The aim of this study was to assess the costs of setting up and maintaining dental care in the public sector. Costs were updated or depreciated according to the service's lifespan and were analyzed from the perspective of the service itself and society. According to the findings, for the service the total cost of setting up a dental care unit with seven rooms was BRL$860.643.67 in the first year, plus BRL$545,419.23 for maintenance, and clinical dental care was the most expensive specialty. For society, the total cost was BRL$990,065.06 (implementation) and BRL$668,369.55 (maintenance), and the most expensive specialty was prevention (US$1.00 = BRL$1.62). Capital costs represented a small percentage of total costs for a dental care unit, but they need to be considered, since they can modify the results. Due to the high costs, preventive and promotional interventions should not be performed in the clinical setting, but should be replaced by broader and less expansive population-based interventions, since considerable sums need to be spent by the low-income population to participate in free public programs.