Em 2005, Brunei, Chile, Cingapura e Nova Zelândia firmaram acordo de parceria econômica no sentido de uma interação estratégica na região Ásia-Pacífico. Em 2009, os Estados Unidos se envolveram, assumindo a liderança das negociações. Desde então, as tratativas sobre a Parceria Trans-Pacífico ganharam impulso, com Austrália, Malásia, Peru e Vietnã aderindo em 2010 e Canadá e México em 2012, somando onze membros até o início de 2013. Baseado em pesquisa bibliográfica e documental, o artigo caracteriza essa iniciativa e discute seus termos principais e questões mais controversas. Entre estas, figuram as propostas sobre direitos de propriedade intelectual e investimentos, com vantagens para grandes empresas, inclusive na resolução de disputas entre investidores e Estados, fontes de apreensão e fortes críticas entre grupos sociais. Também se explora a motivação dos Estados Unidos, envolvendo garantia de proeminência na região de maior crescimento econômico no planeta. “Conter” a influência e a liderança chinesas parece uma estratégia central daquele país, questões econômicas e geopolíticas entrelaçando-se fortemente nesse contexto.
In 2005, Brunei, Chile, New Zealand and Singapore signed an economic partnership agreement in order to interact strategically in the Asia-Pacific region. In 2009 the United States entered the initiative and took the leadership in the negotiation. Since then the actions concerning the Trans-Pacific Partnership have gained vigor, Australia, Malaysia, Peru and Vietnam joining in 2010 and Canada and Mexico doing the same in 2012, totaling eleven members up to the beginning of 2013. Based on bibliographic and documentary research, the article presents this initiative and discusses its main terms and most controversial questions. Among the latter are the proposals on intellectual property rights and on investments, meaning benefits to big companies including on the investors-State disputes, sources of apprehension and strong criticism among social groups. The motivation of the United States, seeking prominence in the region with the highest rates of economic growth in the whole world, is also looked upon. “Containing” Chinese influence and leadership seems a central strategy of that country, questions of economic and geopolitical nature looking strongly intertwined in such a setting.