Com o objetivo de determinar os efeitos das fontes de fibras de farelo de aveia e trigo sobre o perfil lipídico no sangue de ratos (Rattus norvegicus) wistar, conduziu-se este ensaio utilizando-se 48 animais, os quais foram distribuídos em um delineamento ao acaso e divididos em oito grupos. Durante um período de seis dias, os animais receberam dietas padrão para se adaptarem ao experimento. Após esse período, os animais receberam dietas distintas por 63 dias, sendo elas compostas com 5, 10 e 15% de farelo de aveia e 1% de colesterol e outras três compostas por 5,10 e 15% de farelo de trigo como fonte de fibra e 1% de colesterol. Havia dois grupos-controle, sendo o primeiro isento de colesterol e com 5% de celulose como fonte de fibra e o segundo com 1% de colesterol. Após os 63 dias recebendo as dietas experimentais, os animais se submeteram às mesmas análises de colesterol, HDL, LDL, VLDL e triacilglicerol no sangue. Os ratos alimentados com farelo de aveia 5, 10 e 15% tiveram redução significativa do colesterol sérico em relação ao grupo controle contendo 1% de colesterol e aos alimentados com 1% de colesterol. Os níveis de HDL foram maiores nos grupos alimentados com 10 e 15% do farelo de aveia do que nos grupos alimentados com 5% de farelo de aveia e com farelo de trigo a 5,10 e 15%. Não houve diferença estatística em relação ao grupo controle e os alimentados com farelo de aveia 10 e 15%. A concentração de LDL apresentou-se menor no tratamento com 15% em relação ao controle contendo colesterol e aos tratamentos com farelo de trigo. Já o os níveis de triacilglicerol e VLDL foram significativamente menores nos animais alimentados com 15% dos farelos de aveia e trigo em relação a todos os outros tratamentos. Conclui-se, neste experimento, que o perfil lipídico pode ser melhorado com a adição do farelo de aveia à dieta e que o farelo de trigo exerce pouca influência apenas nos níveis de triacilglicerol séricos.
This work aimed to determine the effects of oat and wheat bran fibers on the lipid profile in the blood of wistar mouse (Rattus novergicus). This work used 48 animals, which were randomly distributed and divided into eight groups. During a period of six days, the animals received a pattern diet for adapting to the experiment. After this period, the animals received different diets for 63 days. The diets were composed of 5, 10, and 15% of oat bran and 1% of cholesterol. Other three diests were composed of 5, 10, and 15% of wheat bran as fiber source and 1% of cholesterol. There was two control groups, being the first exempt of cholesterol and with 5% of cellulose as fiber source, and the second having 1% of cholesterol. After 63 days feeding the experimental diets, the animals were submitted to analyses for cholesterol in the blood, HDL, LDL, VLDL, and triacylglicerol. The mice fed with oatmeal at 5, 10, and 15% presented a significant reduction of serum cholesterol relative to the control group containing 1% of cholesterol and to those fed with 1% cholesterol. The HDL levels were higher in groups fed with oatmeal and 15% of wheat meal than in those fed wheat meal at 5 and 10%. In spite of that, there was no statistical difference relative to the control groups and those fed with oat brans. The LDL concentrations were lower in the treatments with 10 and 15% relative to the control containing cholesterol and to the treatments with wheat meal. Triacylglicerol levels were significantly lower in animals fed with 15% oatmeal and wheat meal relative to all other treatments. It follows that the lipid profile may be improved with the addition of oat bran to the diet and that wheat meal influences only the levels of serum triacylglicerol.