RESUMO O objetivo do presente estudo é analisar se os Planos de Desenvolvimento Institucional (PDI) são documentos estratégicos ou simplesmente uma resposta à busca de legitimidade diante de pressões regulatórias. Trata-se de um estudo qualitativo, baseado em informações de 20 PDIs de universidades brasileiras, categorizadas como privadas, públicas, comunitárias e confessionais. Para analisar os PDIs, utilizou-se a metodologia de análise de conteúdo. Como resultado, descobriu-se que a maioria são documentos muito mais descritivos, com metas e planos operacionais, do que documentos com características estratégicas. Por outro lado, na maioria dos documentos analisados, evidencia-se a importância e relevância da construção de um PDI como benefício para a gestão e a organização universitária como um todo. Concluiu-se que os PDIs tendem a ser documentos que buscam dar legitimidade às universidades em relação aos atores envolvidos. Em outras palavras, eles convergem para o isomorfismo institucional. Assim, eles não são preparados e utilizados apenas devido a demandas institucionais, mas principalmente devido a imposições legais.
ABSTRACT The aim of this study is to analyze whether Institutional Development Plans (IDP) are strategic documents or simply a response to seeking legitimacy in the face of regulatory pressures. This is a qualitative study based on information from 20 IDPs of Brazilian universities, categorized as private, public, community, or confessional. To analyze the IDPs, the content analysis methodology was used. As a result, it was found that most IDPs are much more descriptive documents, with operational goals and plans, than documents with strategic characteristics. On the other hand, in most of the documents analyzed, there was evidence of the importance and relevance of constructing an IDP as a benefit for the management and the university organization as a whole. It was concluded that IDPs tend to be documents that seek to provide universities with legitimacy in relation to the actors involved. In other words, they converge towards institutional isomorphism. Thus, they are not prepared, and used only due to institutional demands, but mainly due to legal impositions.