Resumo Objetivo Analisar associações entre contexto de trabalho e manifestações clínicas da COVID-19 em profissionais de saúde. Métodos Estudo transversal, com profissionais de saúde do nordeste brasileiro, das categorias médica, enfermagem e fisioterapia de diferentes áreas de atuação. Foi enviado um questionário do Google Forms por meio de redes sociais reunindo variáveis demográficas, acadêmicas, do contexto de trabalho, manifestações clínicas e dados relacionados a realização de teste para COVID-19 (não foi especificado o teste realizado) e se o resultado confirmava infecção ativa ou presença de anticorpos (categorizado como positiva). Realizou-se teste de Qui-Quadrado de Pearson e análise multivariada de regressão logística binária, com teste de Qui-Quadrado de Wald, considerando p-value <0,05, Odds Ratio e Intervalo de Confiança de 95%. Resultados Aceitaram participar do estudo 1.354 profissionais. Destes, 324 referiram teste positivo para COVID-19, com prevalência de 23,9% (324/1.354). Evidenciou-se associação estatística entre manifestação de sintomas e resultado positivo (p=0,000). As características do contexto de trabalho relacionadas a número de empregos, cenário de prática, contato com pacientes críticos e emprego na capital foram as variáveis independentes associadas ao resultado positivo para COVID-19 (p<0,05). Identificou-se que 54,8% da variável dependente pode ser relacionada ao setor de trabalho, número de empregos, febre, perda de olfato e paladar. Conclusão Profissionais de saúde dos centros urbanos, contexto hospitalar, unidades de cuidados críticos e com mais de um emprego são mais acometidos pela COVID-19, tendo o resultado positivo do exame uma estreita relação com os sintomas de febre, perda de olfato e paladar característicos da doença.
Abstract Objective To analyze associations between work context and clinical manifestations of COVID-19 in health professionals. Methods This is a cross-sectional study, with health professionals from the northeast of Brazil, from the medical, nursing and physiotherapy categories from different areas of expertise. A Google Forms questionnaire was sent through social networks, gathering demographic, academic, work context, clinical manifestations and data related to testing for COVID-19 (the test performed was not specified) and whether the result confirmed infection active or presence of antibodies (categorized as positive). Pearson’s chi-square test and multivariate binary logistic regression analysis were performed, with Wald’s chi-square test, considering p-value <0.05, Odds Ratio and 95% confidence interval. Results A total of 1,354 professionals agreed to participate in the study. Of these, 324 reported a positive test for COVID-19, with a prevalence of 23.9% (324/1,354). There was a statistical association between symptom onset and positive result (p=0.000). The work context characteristics related to the number of jobs, practice setting, contact with critically ill patients and employment in the capital were the independent variables associated with a positive result for COVID-19 (p<0.05). It was identified that 54.8% of the dependent variable can be related to the work sector, number of jobs, fever, loss of smell and taste. Conclusion Health professionals from urban centers, hospitals, critical care units and those with more than one job are more affected by COVID-19, with the positive test result being closely related to the symptoms of fever, loss of smell and taste that are characteristic of the illness.
Resumen Objetivo Analizar asociaciones entre contexto de trabajo y manifestaciones clínicas de la COVID-19 en profesionales de salud. Métodos Estudio transversal, con profesionales de salud del nordeste brasileño, de las categorías médica, enfermería y fisioterapia de distintas áreas de actuación. Se envió un cuestionario del Google Forms a través de redes sociales que reúnen variables demográficas, académicas, del contexto de trabajo, manifestaciones clínicas y datos relacionados con la realización de pruebas de COVID-19 (no se especificó la prueba realizada) y si el resultado confirmaba la infección activa o la presencia de anticuerpos (categorizado como positiva). Se realizó la prueba de chi-cuadrado de Pearson y el análisis multivariado de regresión logística binaria, con prueba de chi-cuadrado de Wald, considerando p-value <0,05, Odds Ratio e Intervalo de Confianza del 95 %. Resultados 1.354 profesionales aceptaron participar del estudio. De estos, 324 refirieron prueba positiva de COVID-19, con una prevalencia de 23,9 % (324/1.354). Se evidenció una asociación estadística entre la manifestación de síntomas y el resultado positivo (p=0,000). Las características del contexto de trabajo relacionadas al número de empleos, escenario de práctica, contacto con pacientes críticos y empleo en la capital fueron las variables independientes asociadas al resultado positivo de COVID-19 (p<0,05). Se identificó que 54,8 % de la variable dependiente puede estar relacionada con el sector de trabajo, número de empleos, fiebre, pérdida de olfato y paladar. Conclusión Profesionales de salud de los centros urbanos, contexto hospitalario, unidades de cuidados críticos y con más de un empleo son los más afectados por la COVID-19, y tiene el resultado positivo del examen una estrecha relación con los síntomas de fiebre, pérdida de olfato y de paladar característicos de la enfermedad.