OBJETIVO: Atualmente existe uma tendência mundial para a realização de cirurgias através de incisões mínimas, denominadas minimamente invasivas, tornando o ato operatório cada vez menos agressivo. A introdução desta nova técnica possibilita a dissecção da artéria torácica interna esquerda (ATIE) e sua anastomose com a artéria interventricular anterior (AIA), através de uma minitoracotomia esquerda. MÉTODOS: De maio/96 a outubro/97, 11 portadores de insuficiência coronária, com lesão única e proximal da AIA, foram submetidos a revascularização do miocárdio (RM). A abordagem cirúrgica consistiu de uma toracotomia ântero-lateral esquerda, de aproximadamente 10cm, através do 4º espaço intercostal esquerdo, e nos últimos 6 casos com ressecção de parte da cartilagem da 4ª e 5ª costelas, dissecção da ATIE, abertura e reparo do pericárdio adjacente à AIA. Todos pacientes receberam ponte única para AIA com enxerto da ATIE, sem auxílio de circulação extracorpórea (CEC). RESULTADOS: A idade variou de 46 a 76 (média = 58,55) anos, sendo 10 (90,90%) pacientes do sexo masculino e 1 (9,09%) feminino. O tempo de permanência hospitalar variou de 4 a 8 (média de 5,2) dias. Nenhum paciente apresentou alteração eletrocardiográfica no pós-operatório imediato. Um paciente apresentou no controle, trombose no 1/3 distal da ATIE com comprometimento importante de fluxo e, outro, estenose ao nível da anastomose, sendo ambos submetidos a angioplastia com sucesso. Não houve mortalidade no grupo estudado. CONCLUSÃO: A ausência de mortalidade, sugere que a cirurgia de RM através de cirurgia minimamente invasiva, em grupos selecionados, é uma excelente alternativa de revascularização da AIA.
PURPOSE: There is, today, a global tendency towards a surgical approach privileging very small incisions, the so-called minimally invasive intervention, which results in a less aggressive action. The introduction of this new technique makes it possible to dissect the left internal thoracic artery (LITA) and to perform in the anastomosis with the anterior interventricular artery (AIA) through a left minithoracotomy. METHODS: From May of 1996 to october of 1997, 11 patients with ischemic heart disease and a single proximal lesion of the AIA were submitted to a myocardial revascularization (MR). The surgical approach consisted of a left anterolateral thoracotomy through the 4th left intercostal space, of approximatly 10cm, and in the last 6 cases, resection of part of the cartilage of the 4th and 5th ribs, dissection of the LITA, as well as opening and repair of the pericardium adjacent to the AIA was done. All patients received a single bypass to the AIA with a graft of the LITA, without extracorporeal circulation. RESULTS: The patients' age varied between 46 and 76 years (mean = 58,55). Ten patients (90,90%) were males and 1 (9,09%) was a female. Hospital stay ranged from 4 to 8 days, with the average of 5,2 days. None of the patients presented any electrocardiographic change in the immediate post-operatory period. During the control period one patient developed a clot in the distal LITA, with important compromise of the flow. In another patient the stenosis was at the level of the anastomosis. Both were successfully submitted to angioplasty. There were no deaths in the groups studied. CONCLUSION: The absence of deaths suggests to us that MR surgery carried out with this minimally invasive technique, in selected groups and is an excellent alternative to the revascularization of the AIA.