O objetivo deste artigo é avaliar o perfil de pacientes usuárias de contraceptivos hormonais no setor público e fazer a comparação com o serviço privado de saúde, bem como verificar a frequência de efeitos colaterais e a aderência ao tratamento. Realizou-se um estudo de corte transversal com 240 pacientes, sendo 120 da rede privada e 120 da rede pública de saúde. No grupo privado, a dosagem hormonal mais frequentemente prescrita foi a de 15 ou 20 microgramas de etinil-estradiol (EE), associados a gestodeno, desogestrel ou levonogestrel (36,7%). No grupo público, a combinação de 30 microgramas de EE associados a gestodeno, levonogestrel ou desogestrel (48,3%) foi a principal medicação contraceptiva prescrita. Não houve diferença entre a frequência dos efeitos colaterais nos dois grupos pesquisados (p>0,05). A aderência ao tratamento foi maior nas pacientes do grupo privado (p<0,05). Concluiu-se que o método contraceptivo mais utilizado foi o oral com baixa dosagem de EE, não havendo diferença entre a frequência dos efeitos colaterais. A aderência ao tratamento foi maior no grupo privado, o que pode estar associado ao fator sociocultural das pacientes estudadas.
The aim of this paper is to assess the profile of patients using hormonal contraceptives in the public health network and a comparison with the private health service, as well as the frequency of side effects and adherence to treatment. A cross-sectional study was conducted with 240 patients, namely 120 patients from the private health service and 120 patients from the public health network. The most commonly prescribed hormonal dosage on the private group (36.7%) was 15 or 20 micrograms of ethinyl estradiol (EE), associated with gestodene, desogestrel or levonorgestrel. On the other hand, the prescribed hormonal dosage in the public group was a combination of 30 micrograms of EE associated with gestodene, levonorgestrel or desogestrel (48.3%). There was no difference between the frequency of side effects in both groups surveyed (p>0.05). Meanwhile, adherence to treatment was higher in patients of the private group. The authors concluded that the most widely used contraceptive method was a low oral dose of ethinyl estradiol and there is no difference between the frequency of side effects. However, adherence to treatment was higher in the private group, which may be associated with social and cultural aspects of the patients surveyed.