Resumo O objetivo deste artigo é identificar o princípio de orientação familiar e comunitária nas Unidades de Saúde da Família, referente ao cuidado à saúde de crianças menores de dez anos. Pesquisa avaliativa, quantitativa, realizada com 344 familiares e/ou cuidadores de crianças menores de 10 anos, atendidas nas 53 unidades de Saúde da Família do Distrito Sanitário III de João Pessoa. Os dados foram coletados a partir das variáveis orientação familiar e orientação comunitária, presentes no formulário Primary Care Assessment Tool- Brasil, versão criança. A análise ocorreu na forma de estatística simples de distribuição de frequências. Os escores médios para os componentes analisados obtiveram valores 3,7 e 5,7, inferiores ao determinado para que estes atributos estejam orientados à atenção primária, que é de 6,6. Existe uma fraca orientação dos atributos orientação familiar e comunitária na atenção primária nos serviços avaliados, indicando a necessidade de um olhar integral para a criança, com concepções macro e micropolíticas dos planejadores e gestores do cuidado em saúde, a fim de garantir efetividade da atenção à saúde da criança.
Abstract This article seeks to identify the principle of family and community orientation in Family Health Units, relating to care for the health of children under the age of 10. It is a quantitative, assessment study of 344 family members and/or carers of children under the age of 10, served in the 53 Family Health units of the 3rd (‘IIIrd’) Health District of the city of João Pessoa, Brazil. The data were collected based on the Family Orientation and Community Orientation variables present in the children’s version of the Primary Care Assessment Tool – Brasil. Analysis took the form of simple frequency distribution statistics. Average scores for the components analyzed were between 3.7 and 5.7, lower than the level of 6.6 which is determined for these attributes to be oriented to primary healthcare. There is a weak orientation of the attributes Family Orientation and Community Orientation in the primary care of the services evaluated, and this indicates a need for a full approach to the child, with macro- and micro-political conceptions by those planning and managing healthcare, to ensure that children get full and effective healthcare.