OBJETIVO: avaliar e determinar o padrão de crescimento facial de indivíduos com fissura pós-forame incisivo. MÉTODOS: esse estudo transversal retrospectivo usou fotografias frontais e de perfil de uma amostra de 71 pacientes matriculados no HRAC-USP (Bauru/SP), sendo 22 indivíduos do sexo masculino e 49 do feminino, jovens adultos brasileiros, com idade média de 17 anos e 8 meses, sem tratamento ortodôntico prévio ou síndromes associadas. O método utilizado foi o diagnóstico facial subjetivo, baseado em conceitos técnicos, constando da análise morfológica qualitativa da face. Os indivíduos foram classificados, por dois ortodontistas do HRAC/USP, com base no conceito de padrão sugerido por Capelozza Filho: Padrão I, II, III, Face Longa e Face Curta. RESULTADOS: a distribuição na análise morfológica frontal encontrada foi: Padrão I (69%), Padrão II (6%), Padrão III (7%), Padrão Face Longa (18%) e Padrão Face Curta (0%). Na análise morfológica de perfil, a distribuição encontrada foi: Padrão I (35%), Padrão II (38%), Padrão III (10%), Padrão Face Longa (17%) e Padrão Face Curta (0%). A distribuição no aspecto frontal foi muito positiva, já que os indivíduos Padrão I predominaram. Na análise do perfil, as displasias anteroposteriores foram expressas em essência, aumentando significativamente sua participação. Já o Padrão Face Longa manteve um equilíbrio em ambas as avaliações e o Padrão Face Curta não foi encontrado na amostra utilizada, provavelmente devido à baixa prevalência na população geral. CONCLUSÃO: a prevalência dos diversos padrões faciais para os pacientes com fissura pós-forame incisivo foi semelhante à encontrada para indivíduos sem fissura.
OBJECTIVE: The assessment and establishment of the facial growth pattern for patients with a cleft palate. MATERIAL: This cross-sectional retrospective study was based on front and profile photos of a sample of 71 patients at the HRAC-USP, 22 males and 49 females, Brazilians, young adults, with a mean age of 17 years 8 months, without previous orthodontic treatment and no associated syndromes. The method was the subjective facial diagnosis based on technical concepts, that is, the qualitative morphologic analysis of the face through clinical examination. Individuals were classified as Pattern I, II, III, Long Face or Short Face. RESULTS: The distribution found with the frontal morphologic analysis was: Pattern I (69%), II (6%), III (7%), Long (18%) and Short (0%). As for the profile morphologic analysis, the distribution was: Pattern I (35%), II (38%), III (10%), Long (17%) and Short (0%).The distribution observed in the frontal analysis was very positive, since individuals Pattern I prevailed. For the profile evaluation, the anterior-posterior dysplasias were essentially shown, significantly increasing their participation. Long Face Pattern maintained a balance in both ratings and Short Face Pattern was not found in the sample used, probably related to the low prevalence in the general population. CONCLUSION: The prevalence of different Facial Patterns for patients with cleft palate was similar to that found in individuals without cleft.