O texto recupera a fonte clássica weberiana e da Escola Histórica Alemã para a formação da economia institucionalista no contexto acadêmico norte-americano das últimas décadas do século XIX. Para isso, retoma as reflexões de Weber em torno da sociologia do direito e a conexão entre normas jurídicas e ação econômica. Apresenta em seguida a sua recepção do outro lado do Atlântico como grandemente devedora das figuras respectivas de Richard T. Ely, destacado representante de uma geração de estudantes formados pelo ambiente cultural alemão, e em seguida de J. R. Commons, leitor do primeiro. O artigo também mostra as relações entre os temas da democracia industrial e da grande empresa cooperativa, nos Estados Unidos, com a aquela tradição intelectual, estabelecendo assim as condições históricas para o surgimento posterior da sociologia econômica. Sugere, dessa forma, que as afinidades eletivas entre a economia e as outras esferas do social, uma abordagem de raiz weberiana, têm explicitada a sua linha de continuidade encontrada nas classificações disciplinares mais recentes.
The text reassesses the use of Weber and the German Historical School as classical sources in the formation of institutionalist economics in the US academic context during the final decades of the 19th century. This aim in mind, it turns to Weber's writings on the sociology of law, and the connection between juridical norms and economic action. Subsequently, the text presents the reception of his work on the other side of the Atlantic, in particular via the figures of Richard T. Ely, the leading figure of a generation of students influenced by the German cultural environment, followed later by J. R. Commons, a close reader of the former's work. The article also focuses on the relations between this intellectual tradition and the themes of industrial democracy and large cooperative companies in the United States, a process that established the historical conditions for the later emergence of economic sociology. In conclusion, it suggests that the 'elective affinities' between economics and other social spheres, an approach rooted in Weber, help explain lines of continuity found in more recent disciplinary classifications.