INTRODUÇÃO: O aumento da prevalência de isolados de enterococos em hospitais, particularmente Enterococcus resistente à vancomicina (VRE), é importante por causa da limitada terapia antimicrobiana efetiva para o tratamento de infecções enterocócicas. MÉTODOS: O presente trabalho apresentou uma investigação retrospectiva de dados de suscetibilidade in vitro quantitativa para uma variedade de antimicrobianos frente aos isolados de Enterococcus spp. e avaliação da associação de resistência entre os agentes antimicrobianos apontados como escolha para o tratamento de infecções causadas por VRE, através do cálculo do risco relativo. RESULTADOS: Dos 156 isolados de enterococos, 40 (25,6%) foram resistentes a três ou mais antimicrobianos, incluindo 7,7% (n = 12/156) resistentes à vancomicina. A associação de resistência elevada foi mais pronunciada entre os isolados de VREs com antimicrobianos alternativos e primários para o tratamento de infecções causadas por estes patógenos, incluindo ampicilina (100%, RR = 7,2), estreptomicina (90,9%, RR = 4,9), rifampicina (91,7%, RR = 3,1) e linezolida (50%, RR = 11,5), apesar da alta taxa de suscetibilidade a esta droga (94,9%). CONCLUSÕES: A resistência associada significativa aos antimicrobianos de primeira escolha e alternativos, usados no tratamento de infecções graves por cepas com o fenótipo VRE e que requerem um regime terapêutico combinado, evidencia alternativas terapêuticas ainda mais limitadas na instituição analisada.
INTRODUCTION: The increasing prevalence of enterococci strains in hospitals, particularly among isolates of vancomycin-resistant enterococci (VRE), poses important problems because of the limited effect of antimicrobial therapy for enterococcal infections. METHODS: This work presents a retrospective investigation of quantitative in vitro susceptibility data for the range of antimicrobials against Enterococcus spp. isolates and evaluation of the association of resistance between antimicrobial agents recommended as the treatment of choice for infections caused by VRE through calculation of the relative risk. RESULTS: Of the 156 enterococci isolates, 40 (25.6%) were resistant to 3 or more antimicrobials, including 7.7% (n = 12/156) vancomycin resistant. The association of elevated resistance was more pronounced among VRE isolates against alternative and primary antimicrobials for the treatment of infections caused by these pathogens, including ampicillin (100%, RR = 7.2), streptomycin (90.9%, RR = 4.9), rifampin (91.7%, RR = 3.1) and linezolid (50%, RR = 11.5), despite high susceptibility to this drug (94.9%). CONCLUSIONS: The significant associated resistance to alternative and first choice antimicrobials used in the treatment of serious infections of strains with the VRE phenotype and that require a combined therapeutic regime, revealed even more limited therapeutic alternatives in the institution analyzed.