O estudo examina as representações coletivas dos jovens em relação à gordura e identifica as emoções que suscita. Entender a construção social da gordura pelos jovens é crucial para poder criar programas para lidar melhor com a questão. Um exercício de associação livre evocada pela palavra “gordura” foi respondido por 200 pessoas da Comunidade Autônoma do País Basco (Espanha), e o conteúdo foi submetido a análise lexical com o uso do programa Alceste. Os resultados mostram que a representação da gordura em relação à saúde era predominantemente descritiva, sem associação com o risco ou com qualquer resposta emocional. Entretanto, a gordura também era representada enquanto questão de pressão social relacionada à estigmatização, fortemente correlacionada com emoções negativas como tristeza, insegurança, embaraço, ansiedade, solidão, pena ou raiva. Ou seja, as emoções arriscadas e negativas estiveram ligadas à não-aceitação social, e não a problemas de saúde. Portanto, a conclusão é que a representação da gordura é transmitida por medo, e não por uma construção positiva da saúde.
This study examines how youth collectively represent fatness and determines the emotions it arouses. Understanding how fatness is socially constructed by young people is crucial to create programs that better deal with it. A free association exercise elicited by the word “fatness” was answered by 200 people of the Autonomous Community of the Basque Country (Spain), and the content was analyzed by its lexicon using Alceste software. The results showed that health-related representation of fatness was mostly descriptive, and it was not connected to risky or any emotional response. But fatness was also completely represented as a social pressure issue related to stigmatization and highly correlated with negative emotions, such as sadness, insecurity, embarrassment, anguish, lonesomeness, pity or anger. That is, risky and negative emotions were linked to social non-acceptance, and not with health problems. Thus, the conclusion is that fatness is transmitted from fear and not from a positive construction of the health.
Este estudio examina de qué forma la juventud representa la gordura colectivamente y determina las emociones que suscita. Entender cómo se construye la gordura socialmente por parte de la gente joven, es crucial para crear programas que puedan lidiar mejor con ella. Para ello se llevó a cabo un ejercicio de asociación libre, suscitado por la palabra “gordura”, que fue respondido por 200 personas de la Comunidad Autónoma del País Vasco (España). Su contenido fue analizado a través de su léxico, usando el software Alceste. Los resultados mostraron que la representación que relacionaba la gordura con la salud fue en su mayor parte descriptiva, y no estaba conectada con ninguna respuesta emocional o relacionada con el riesgo. Sin embargo, la gordura fue también representada como una presión social, relacionada con la estigmatización, y altamente correlacionada con emociones negativas como la tristeza, inseguridad, vergüenza, angustia, soledad, lástima o ira. Es decir, las emociones relacionadas con el riesgo y negativas se vincularon a una no aceptación social, y no a problemas de salud. Por tanto, la conclusión es que la gordura se transmite partiendo desde el temor y no desde una construcción positiva de lo que significa la salud.