Abstract This paper aimed to reconstruct the culinary grammar of the family's kitchens of Villa La Tela, Cordoba, Argentina. A qualitative study was conducted from a materilistic an interpretative key. The techniques used were: traveling recipe, expressive and creative meetings and semi-structured interviews. The analysis of the primary sources was performed using the grounded theory. The analytic construction of the family culinary grammar proposed here refers to four relational dimensions: Familiar menus card (Frequent Food/Beverage, Unimaginable meals, Food that generate curiosity to try it; Meals that area considered non-food, Missed meals and their changes); Cook (Transmission of doings and culinary knowledge, Cooking role assumed, Criteria for choosing the menu, Sensitivities associated with cooking, Given rules); Commensals (Children as receivers, Adults as receivers); The situation of sharing the eating's space-time (With us-Others, With-Other Classmates, The meanings of sharing food). Beyond inhabiting a stage of structural poverty, the culinary grammar is experienced by the families as a struggle banner for their food and nutrition history, and implementing means "taking a taste". In addition, cooking appears as an escape from the real world unleashing the perfect mix between creativity and affection.
Resumen El objetivo de este trabajo consistió en reconstruir la gramática culinaria de las cocinas familiares de Villa La Tela, Córdoba, Argentina. Se realizó una investigación cualitativa desde una matriz de lectura materialista e interpretativista. Las técnicas utilizadas fueron: recetario viajero, encuentros expresivo-creativos y entrevistas semi-estructuradas. El análisis de las fuentes primarias se realizó mediante la teoría fundamentada. La construcción analítica de la gramática culinaria familiar aquí propuesta presenta cuatro dimensiones relacionales: Carta de menús familiares (Comidas/bebidas frecuentes, Comidas in-imaginables de existencia, Comidas que generan curiosidad de ser probadas, Comidas consideradas no-comidas, Comidas que se extrañan, Sus modificaciones); Cocinero (Transmisión de los haceres/saberes culinarios, Rol asumido al cocinar, Criterios para elegir el menú, Sensibilidades asociadas al cocinar, Normativa impartida); Comensales (Niños como destinatarios, Adultos como destinatarios); La situación de compartir el espacio-tiempo de comer (Con un nos-Otros, Con un-Otro de clase, Significados del compartir la comida). Más allá de habitar un escenario de pobreza estructural, las familias vivencian la gramática culinaria como estandarte de lucha de su historia alimentaria-nutricional, implementarla es "darse un gustito". Además, aparece el cocinar como vía de escape de lo real dando rienda suelta a la mixtura perfecta entre la creatividad y el afecto.
Resumo O objetivo do artigo é reconstruir a gramática culinária das cozinhas familiares de Villa La Tela, em Córdoba, Argentina. Realizou-se investigação qualitativa a partir de uma matriz materialista e interpretativa. As técnicas utilizadas foram: receitas de viagem, encontros expressivo-criativos e entrevistas semiestruturadas. A análise das fontes primárias foi realizada utilizando a teoria fundamentada. A construção analítica da gramática culinária familiar aqui proposta tem quatro dimensões relacionais: Carta de menus familiares (Comidas/bebidas frequentes, Comidas de existência in-imaginável, Comidas que geram curiosidade de ser provadas, Comidas consideradas não comidas, Comidas de que se sente falta, Suas modificações); Cozinheiro (Transmissão dos fazres/saberes culinários, Papel assumido ao cozinhar, Critérios para escolher o menu, Sensibilidades associadas ao cozinhar, Regulamento dado); Comensais (Crianças como destinatários, Adultos como destinatários); A situação de compartilhar o espaço-tempo de comer (Com um nos-Outros, Com um-Outro da turma, Significados de compartilhar a comida). Apesar de viverem em um local com pobreza estrutural, as famílias vivenciam a gramática culinária como estandarte de luta da sua história alimentar-nutricional, e implementá-la é "experimentar um pouco de sabor". Ademais, cozinhar surge como via de escape do real, dando rédea livre à mistura perfeita entre a criatividade e o afeto.