O estudo apresenta uma análise situacional da atenção pré-natal oferecida em uma microrregião de saúde do Ceará. Os objetivos foram analisar a cobertura da população da microrregião assistida por equipes do Programa Saúde da Família (PSF); avaliar as informações do Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) e Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC); e conhecer a dinâmica da oferta das consultas médicas e de enfermagem durante o pré-natal. Os dados foram colhidos na 4ª microrregião de saúde do Ceará (Baturité) e na Secretaria Estadual de Saúde do Ceará (SES-CE), nos meses de maio e junho de 2001, por meio de revisão de prontuários, observação livre e busca nos sistemas de informações. Os resultados revelaram que, apesar da excelente cobertura da população por equipes de PSF, resultando em melhoria de acesso, aumento do número de consultas pré-natais, melhor cobertura vacinal e captação precoce das gestantes, há que se avaliar o impacto dessas ações para a real melhoria na qualidade de vida dessas mulheres; há, também, que se estabelecer um protocolo a ser seguido por médicos e enfermeiros no decorrer da assistência pré-natal, bem como ser garantida a consulta médica nessa ação.
This article presents an analysis of prenatal care provided in a micro-regional health system in the State of Ceará, Brazil. The objectives were to analyze the population covered by the Family Health Program (FHP) teams; to evaluate data from the Basic Health Care Information System and the Live Birth Information System; and to establish a profile of medical and nursing services provided during prenatal care. Data were collected from the fourth health micro-region in the town of Baturité and the Ceará State Health Department in May-June 2001, through review of patient records, free observations, and searches in the information systems. Despite the excellent population coverage by FHP teams, resulting in improved access, increased numbers of prenatal visits, improved vaccine coverage, and early diagnosis of complications of pregnancies, the impact of these measures need to be assessed in terms of the real improvement in the women’s quality of life. A protocol also needs to be followed by doctors and nurses throughout the course of prenatal care, besides guaranteeing medical consultations as an integral part of the program.