Escrito por Coelho Netto e publicado em 1897 pela Editora Bevilacqua & C., América foi provavelmente o primeiro livro de educação cívica em prosa de ficção escrito por um autor brasileiro. Seguindo um modelo que se tornou célebre com o estrondoso sucesso de Coração, de Edmondo de Amicis, América não teve a mesma acolhida do romance italiano e nem mesmo de outros livros brasileiros do gênero, como, por exemplo, Através do Brasil. Este artigo tem como objetivo discutir alguns dos principais tópicos do livro e analisar aspectos que permitem sua leitura como uma espécie de utopia republicana para crianças.
América, written by Coelho Netto and published in 1897 by Editora Bevilacqua & C., was probably the first civic book in prose fiction written by a Brazilian author. Following the model that became notorious with the extraordinary success of Heart, by Edmondo de Amicis, América did not achieve in Brazil a comparable fame with the Italian novel neither with other Brazilian civic books such as Através do Brasil, for example. This article discusses some of the main topics of the book and analyses features that enable us to read América as a kind of republican utopia for children.
Écrit par Coelho Netto et publié em 1897 par l'Editora Bevilacqua & C., América est probablement le premier livre d'éducation civique écrit en prose de fiction par un auteur brésilien. Dans le sillage d'un modèle devenu célèbre par le succès éclatant de Le livre coeur d'Edmondo de Amicis, América n'a pas eu le même retentissement du roman italien, ni d'ailleurs celui d'autres ouvrages brésiliens du genre, comme, par exemple, Através do Brasil. Cet article discute quelques-uns des thèmes du livre et analyse des aspects qui permettent de le lire comme une sorte d'utopie républicaine adressée aux enfants.