O objetivo foi identificar desigualdades na prática de atividade física de lazer e deslocamento ativo para escola em adolescentes brasileiros, bem como suas tendências de acordo com o sexo, tipo de escola, escolaridade materna e regiões geográficas de 2009 a 2015. Estudo descritivo baseado em dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2009, 2012 e 2015. Foram considerados ativos no lazer aqueles que acumularam, no mínimo, 60 minutos por dia, em cinco ou mais dias da semana anteriores à entrevista. Para deslocamento ativo para escola, foi avaliado o transporte a pé ou de bicicleta para a escola na semana anterior à entrevista. Os desfechos foram estratificados pelo sexo, tipo de escola, escolaridade materna e regiões geográficas. As desigualdades foram avaliadas por meio de diferenças e razões entre as estimativas, bem como por índices sumários de desigualdade. Foram incluídos na PeNSE 2009, 2012 e 2015, 61.301, 61.145 e 51.192 escolares, respectivamente. A prevalência de atividade física de lazer foi 13,8% em 2009, 15,9% em 2012 e 14,7% em 2015; já para o deslocamento ativo para escola, foi 70,6%, 61,7%, 66,7%, respectivamente. Meninos apresentaram uma prevalência de 10 pontos percentuais (p.p.) maior de atividade física de lazer e cerca de 5p.p. no deslocamento ativo para escola do que as meninas. Escolares filhos de mães com maior escolaridade apresentaram, em média, uma prevalência de atividade física de lazer 10p.p. maior do que seu grupo extremo de comparação e cerca de 30p.p. menor com relação ao deslocamento ativo para escola. As desigualdades observadas permaneceram constantes ao longo do período avaliado. Foram identificadas desigualdades socioeconômicas e entre os sexos, que se mantiveram constantes ao longo do período analisado e que foram específicas para cada domínio de atividade física.
The objective of this study was to identify inequalities in leisure-time physical activity and active commuting to school in Brazilian adolescents, as well as trends according to gender, type of school, maternal schooling, and geographic region, from 2009 to 2015. This was a descriptive study based on data from the Brazilian National School Health Survey (PeNSE) in 2009, 2012, and 2015. Students were defined as active in their leisure time when they practiced at least 60 minutes of physical activity a day on five or more of the seven days prior to the interview. Active commuting to school was defined as walking or biking to school on the week prior to the interview. The outcomes were stratified by gender, type of school, maternal schooling, and geographic region. Inequalities were assessed by differences and ratios between the estimates, as well as summary inequality indices. The 2009, 2012, and 2015 surveys included 61,301, 61,145, and 51,192 schoolchildren, respectively. Prevalence of leisure-time physical activity was 13.8% in 2009, 15.9% in 2012, and 14.7% in 2015; the rates for active commuting to school were 70.6%, 61.7%, and 66.7%, respectively. Boys showed 10 percentage points higher prevalence of leisure-time physical activity and 5 points higher active commuting to school than girls. Children of mothers with more schooling showed a mean of 10 percentage points higher prevalence of leisure-time physical activity than children of mothers with the lowest schooling and some 30 percentage points lower in relation to active commuting to school. The observed inequalities remained constant over the course of the period. The study identified socioeconomic and gender inequalities that remained constant throughout the period and which were specific to each domain of physical activity.
El objetivo fue identificar desigualdades en la práctica de actividad física durante el tiempo libre y desplazamiento activo hacia la escuela en adolescentes brasileños, así como sus tendencias de acuerdo con sexo, tipo de escuela, escolaridad materna y regiones geográficas desde 2009 hasta 2015. Estudio descriptivo, basado en datos de la Encuesta Nacional de Salud del Escolar (PeNSE) de 2009, 2012 y 2015. Se consideraron activos durante el tiempo libre aquellos que acumularon, por lo menos, 60 minutos al día de actividad física durante cinco o más días a la semana anteriores a la entrevista. Para el desplazamiento activo hacia la escuela, se evaluó el transporte a pie o en bicicleta hacia la escuela durante la semana anterior a la entrevista. Los resultados se estratificaron por sexo, tipo de escuela, escolaridad materna y regiones geográficas. Las desigualdades se evaluaron mediante diferencias y razones entre las estimativas, así como por el sumario de los indices de desigualdad. Se incluyeron en el PeNSE 2009, 2012 y 2015, 61.301, 61.145 y 51.192 escolares, respectivamente. La prevalencia de actividad física durante el tiempo libre fue de un 13,8% en 2009, 15,9% en 2012 y 14,7% en 2015; ya para el desplazamiento activo hacia la escuela, fue 70,6%, 61,7%, 66,7%, respectivamente. Los niños presentaron una prevalencia de 10 puntos porcentuales (p.p.) mayor de actividad física durante el tiempo libre y cerca de 5p.p. en el desplazamiento activo hacia la escuela que las niñas. Los escolares -hijos de madres con mayor escolaridad- presentaron una prevalencia media de actividad física durante el tiempo libre 10p.p. mayor que su grupo extremo de comparación, y cerca de 30p.p. menor, con relación al desplazamiento activo hacia la escuela. Las desigualdades observadas permanecieron constantes a lo largo del período evaluado. Se identificaron desigualdades socioeconómicas y entre sexos, que se mantuvieron constantes a lo largo del período analizado, y que fueron específicas para cada dominio de actividad física.