RESUMO Objetivo Avaliar se a participação no Programa de Empoderamento de Mães (PEM), uma intervenção composta por 10 sessões semanais com o objetivo de prestar apoio e melhorar o acesso aos recursos disponíveis na comunidade para mulheres que sofrem violência infligida pelo parceiro íntimo, promove a melhora da saúde física das participantes que se reconhecem como latinas. Métodos Mães de crianças com idade de 4 a 12 anos que se reconhecem como latinas e sofreram violência infligida pelo parceiro íntimo nos dois anos anteriores foram recrutadas em três centros de intervenção em Michigan, Ohio e Texas, por meio de anúncios na comunidade e o encaminhamento de órgãos que fazem o atendimento de famílias expostas à violência infligida pelo parceiro íntimo. As participantes selecionadas para o estudo (n = 93) foram divididas em dois grupos: grupo de tratamento (inscrição imediata no PEM) ou grupo de controle (inscrição na lista de espera com convite para participar do PEM após o período do estudo de 10 semanas). Os dados foram coletados em duas entrevistas estruturadas, uma ao recrutamento para o estudo (momento 1) e a outra após a intervenção ou o período de espera (momento 2). Resultados Após controlar idade, nível de instrução e residência do parceiro (coabitação com o parceiro violento no momento da entrevista), a análise com o modelo de múltiplos níveis demonstrou que houve uma melhora significativamente maior da saúde física ao longo do tempo nas participantes da intervenção em comparação ao grupo de controle. Conclusões Esses resultados indicam que reforçar o senso de conexão interpessoal e melhorar o acesso aos recursos têm um impacto positivo na saúde física de mulheres latinas que sofrem violência infligida pelo parceiro íntimo.
ABSTRACT Objective To evaluate whether participation in the Moms' Empowerment Program (MEP), a 10-week, 10-session intervention designed to provide support and increase access to available community resources for women experiencing intimate partner violence (IPV), enhanced the physical health of participants who self-identified as Latina. Methods Mothers of children ages 4–12 who self-identified as Latina and had experienced IPV within the past two years were recruited at three intervention sites in Michigan, Ohio, and Texas, via community postings and referrals from agencies serving IPV-exposed families. Selected study participants (n = 93) were assigned to one of two groups: Treatment (immediate enrollment in the MEP) or Control (placement on a waitlist with an invitation to participate in the MEP after the 10-week study period). Data were drawn from two structured interviews, one at the time of recruitment for the study (Time One), and one following the intervention or wait period (Time Two). Results After controlling for age, educational attainment, and partner residence (living with a violent partner at the time of the interview), multilevel modeling revealed that improvement in physical health over time was significantly greater among women who participated in the intervention relative to controls. Conclusions These data suggest that enhancing interpersonal connectedness and access to resources positively affects physical health for Latinas experiencing IPV.
RESUMEN Objetivo Evaluar si la participación en la iniciativa Programa de Empoderamiento de las Mamás (PEM), una intervención de 10 sesiones en 10 semanas concebida para prestar apoyo a mujeres autodefinidas como latinas objeto de violencia de pareja y brindarles un mayor acceso a los recursos comunitarios, mejoró la salud física de las participantes. Métodos Participaron en el estudio madres de niños de 4 a 12 años de edad que se autodefinieron como latinas y habían sido objeto de violencia de pareja en los últimos dos años. El reclutamiento de las participantes se hizo en tres sitios donde se realizaba la intervención, en Michigan, Ohio y Texas, por medio de avisos comunitarios y referencias de organismos que atienden a familias expuestas a la violencia de pareja. Las participantes seleccionadas para el estudio (n = 93) se asignaron a uno de los dos grupos siguientes: grupo de tratamiento (se inscribieron de inmediato en el PEM) o grupo de control (se pusieron en una lista de espera y se invitaron a participar en el PEM una vez que transcurrieran las 10 semanas del estudio). Se extrajeron datos de dos entrevistas estructuradas, una realizada al inscribir a las participantes en el estudio (fecha 1) y otra después de la intervención o el período de espera (fecha 2). Resultados Después de controlar la edad, el nivel de escolaridad y el lugar de residencia de la pareja (vivir con una pareja violenta en el momento de la entrevista), el modelo de varios niveles mostró que el mejoramiento de la salud física con el transcurso del tiempo era significativamente mayor en las mujeres que habían participado en la intervención que en las mujeres del grupo de control. Conclusiones Estos datos indican que mejorar la conexión interpersonal y el acceso a los recursos tiene un efecto positivo en la salud física de las mujeres latinas que son objeto de violencia de pareja.