O objetivo deste trabalho foi avaliar a presença do DNA pró-viral do lentivírus caprino (LVC) em ejaculados de machos infectados naturalmente, e verificar a influência da lavagem do sêmen e da presença de inflamação testicular sobre a carga viral. Foram realizadas oito coletas de sêmen de sete reprodutores soropositivos para o LVC: quatro antes dos animais sofrerem dano testicular e quatro depois. Entre as coletas realizadas na mesma semana, em uma, o ejaculado era lavado, para retirada do plasma seminal, e na outra, não. O DNA pró-viral do LVC foi identificado pela reação em cadeia da polimerase Nested (PCR Nested), e pelo isolamento viral. O vírus foi isolado em 7,1% das amostras. A PCR identificou o DNA pró-viral em 35,7% do total das amostras: 17,9% nas amostras lavadas e 53,6% das amostras de sêmen integrais. O dano ao testículo permite maior fluxo do vírus para o sêmen, pois antes do dano, 21,4% das amostras foram positivas e pós-dano, 50%. A transmissão do LVC pelo sêmen de reprodutores caprinos é potencializada pela presença de inflamações testiculares e pelo fato de o sêmen criopreservado conter o LVC na forma infectante.
The objective of this work was to evaluate the presence of the DNA provirus of the caprine lentivirus (LVC) in ejaculates of naturally infected males, and to verify the influence of the wash of the semen as well as the presence of testicle inflammation on the viral load. Eight semen collections of seven soropositive reproducers were accomplished, four before testicle injury and four after injury. Amongst the collections carried out at the same week, in one the ejaculate was washed, to withdraw the plasma seminal, and in the other it was not. The provirus DNA was identified both by Nested polymerase chain reaction technique (Nested PCR) and by the viral isolation. The virus was isolated in 7.1% of the samples. The PCR identified the provirus DNA in 35.7% of all samples, 17.9% in the washed samples and 53.6% of the integral semen samples. The injury of the testicle tends to greater flow of virus for the semen, therefore, before injury, 21.4% of the samples were positive and after-injury, 50%. Risk of transmission of the LVC by semen of goat reproducers is strengthened by the presence of testicle inflammations and the fact that the criopreserved semen contains the LVC in infecting form.