Procedeu-se a uma revisão sistemática acerca das produções científicas sobre Saúde Penitenciária, objetivando verificar como a temática vem sendo abordada, identificar qual o foco mais explorado e apontar possíveis lacunas. A busca foi realizada na Biblioteca Virtual de Saúde. Foram localizados 1160 artigos: 1104 na Medline; 19 na Lilacs e 37 na SciELO, publicados no período de 1993 a 2010. Como as bases de dados da Medline e da Lilacs não disponibilizam os artigos na integra, foram mapeados os locais, as datas e o idioma de publicação dos textos. O aprofundamento analítico delimitou-se aos trabalhos cujos textos estavam na íntegra e disponibilizados gratuitamente, hospedados na SciELO. Evidenciou-se que a produção científica está presente nos cinco continentes do mundo, apresentando predominância da abordagem quantitativa, com foco na identificação do perfil sociodemográfico e das condições de saúde dos encarcerados: incidência de tuberculose, de infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana e pelo Vírus da Hepatite C. Há uma predominância de estudos realizados com detentos do sexo masculino, em comparação ao sexo feminino. Percebe-se que a saúde dos detentos é um problema de saúde pública emergente, que demanda pesquisas que possam vir a orientar políticas e estratégias de saúde.
A systematic review of scientific production on Prison Health was conducted, seeking to verify how the subject matter has been dealt with, establishing which is the most exploited focus and identifying possible gaps. The search was carried out in the Virtual Health Library. 1160 articles were located: 1104 on MEDLINE, 19 on LILACS and 37 on SciELO, published from 1993 to 2010. As MEDLINE and LILACS do not show the entire articles, the places, dates and languages of the texts were charted. In-depth analysis was restricted to works which were shown in their entirety and free of charge hosted on SciELO. It revealed that scientific production is present all over the world with a predominantly quantitative approach. It focuses on identifying the socio-demographic profile and health conditions of prisoners, the incidence of tuberculosis, Human Immunodeficiency and Hepatitis C virus infections. There is a predominance of studies carried out with male prisoners, in comparison with the female sex. It is clear that prisoner health is a public health problem on the rise, which demands research that can orient health policies and strategies.